29 dezembro 2009
O empresário gospel Silas Malafaia compra avião por 12 milhões de dólares
30 novembro 2009
Documento intitulado “Confissões” abala ortodoxos e fere o Movimento Ecumenico
“Queremos acreditar que os hierarcas que assinaram (as “Confissões”) não compreenderam que estão liderando um cisma”, respondeu o patriarca ecumênico Bartholomeos I, lembrando que o compromisso ortodoxo ao diálogo ecumênico foi assumido de forma sinodal (conjunta) por todas as igrejas, em 1986.
O historiador italiano e professor da Universidade de Modena-Reggio, Alberto Melloni, comentou, em artigo para o jornal Corriere della Serra, edição do dia 16 de novembro, que o sentido mais profundo dessa iniciativa contra o ecumenismo não está uma questão intra-ortodoxa.
25 novembro 2009
ATENÇÃO PASTORES E IGREJAS
POR FAVOR LEIAM ,OREM INTERCEDAM E REPASSEM
· As igrejas serão obrigadas a pagar impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
· Programas religiosos na televisão apenas uma hora por dia.
· Pastores ou Padres só poderão fazer programa de televisão, se tiver faculdade de 'jornalismo'.
· Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
· Pastores ou Padres que pregarem sobre dízimos e ofertas, dependendo do número de reclamações, serão presos.
· Pastores ou Padres que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
· Igrejas que não realizarem casamento de homem com homem e mulher com mulher, estarão fazendo 'discriminação', poderão ser multadas e os pastores processados.
· Querem que o dia do 'Orgulho Gay' seja oficializado em todas as cidades brasileiras.
Reforma Constitucional – Mudanças no texto da Constituição que garantem a liberdade de culto. Se aprovadas, fica proibido culto fora das igrejas (evangelismo de rua), cultos religiosos só com portas fechadas.
- Projeto nº 4.720/03 – Altera a legislação do 'imposto de renda' das pessoas jurídicas.
- Projeto nº 3.331/04 – Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das 'pessoas físicas'
Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições. - Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62).
Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora. - Projeto nº6.398/05 – Regulamenta a profissão de Jornalista
Contém artigos que estabelecem que só poderá fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO, Significa que pastores e padres sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios. - Projeto nº 1.154/03 – Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso.
Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esse atos contrários a Palavra de Deus, não poderá mais ser mostrada. - Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas.
Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas. - Projeto nº 4.270/04[/b] – Determina que comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos possam ser passíveis de ação civil.
Se convertido em Lei, as Igrejas Evangélicas e Católicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Se o fizerem, não terão direito a se defender por meio de ação judicial. - Projeto de nº 216/04[/b] – Torna inelegível a função religiosa com a governamental.
Significa que todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá de forma alguma exercer trabalhos na igreja.
· Casamento de homens com homens e mulheres com mulheres.
· Estabelecer um dia oficial do 'Orgulho Gay' em todas as cidades brasileiras, entre outros.
23 novembro 2009
14 novembro 2009
Entendendo a fé Cristã
11 novembro 2009
10 novembro 2009
Igreja Episcopal Anglicana do Brasil se pronuncia sobre documento do Vaticano
09 novembro 2009
O Movimento da Fé e a Teologia da Prosperidade
07 novembro 2009
Para viver um cristianismo autêntico
25 outubro 2009
A despeito do convite do Papa para o retorno dos Anglicanos...
12 outubro 2009
A Igreja Evangélica está doente
07 setembro 2009
R$ 900 Reais pela "Unção da Prosperidade"
Rev. Haroldo Mendes+
19 agosto 2009
REDE GLOBO X RECORD
Mas é bom que os evangélicos não se iludam nessa briga de cachorro grande. Nas palavras do próprio Edir Macedo em sua última entrevista no Repórter Record onde ele diz para a repórter no elevador de sua igreja em Miami: “Ninguém chuta cachorro morto.”
A briga entre as duas emissoras não tem nada de religioso e muito menos de santo! Não pensem que a Globo está perseguindo os evangélicos, até porque a Igreja Universal do Reino de Deus não é historicamente e nem teologicamente uma igreja evangélica. A briga é por audiência!!! E trocando em miúdos por dinheiro, marca característica das duas organizações, isso pra não dizer das três!
Esta semana a Igreja Universal, depois de ter sido denunciada pela Revista Veja e pela Globo de que ela está enchendo os bolsos da Record com o dinheiro dos fiéis, ofereceu à Globo a bagatela de mais de 500 milhões de reais para comprar horários em sua grade. A Globo, como era de se esperar, recusou.
Bem, cifras astronômicas de dinheiro, denúncias de todos os lados e muita roupa suja lavada no ar e em horário nobre. Tudo isso só serve para uma coisa: Mostrar o nível em que caminham as igrejas envolvidas com a heresia da Teologia da Prosperidade (pra não dizer teologia da ganância).
Esta briga não tem nada a ver com os evangélicos e muito menos com o povo de Deus!
Rev. Haroldo Mendes+
11 agosto 2009
Gilmar Mendes critica ação do MPF contra símbolos religiosos
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse nesta terça-feira considerar um exagero a ação do Ministério Público Federal (MPF) que pede a retirada de símbolos religiosos de repartições públicas federais no Estado.
"Tomara que não mandem derrubar o Cristo Redentor", ironizou o ministro, antes de participar de uma banca de doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Ao se referir à ação civil pública com pedido de liminar da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, ajuizada no último dia 31 de julho, o ministro afirmou que o MPF tem "muito mais coisa para fazer" antes de se preocupar com essa temática.
"Se nós olharmos sob a perspectiva do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, há presídios lotados, falta de respeito aos direitos humanos, uma série de questões que não são respeitadas, falta mesmo de atenção, processos prescrevendo no Ministério Público. Eu diria que há muito mais coisa para se fazer que cuidar desse tipo de assunto", declarou.
O presidente do STF reconheceu que o tema dos símbolos religiosos tem gerado debates jurídicos em todo o mundo, mas reiterou que a questão está cercada de exageros. "Se aprofundarmos essa discussão e formos radicais, vamos rever o calendário? Nós estamos agora no ano de 2009, que significa 2009 anos depois de Cristo. Vamos colocar isso em xeque? O próprio calendário, o sábado, o domingo, será revisto? A Páscoa, o Natal?", questionou. "Muito daquilo que se diz que é algo religioso, uma expressão de símbolo religioso, na verdade é uma expressão da civilização ocidental cristã", opinou.
04 agosto 2009
Arcebispo de Cantuária Escreve Sobre as Decisões da Igreja Episcopal (dos EUA)
Fonte: Anglican Communion News Service
21 julho 2009
Igrejas Gays a nova onda evangélica
É possível que estejamos passando pela maior crise de identidade que a Igreja Evangélica já passou nos últimos séculos. E não é pra menos! Depois do estabelecimento institucional das igrejas protestantes históricas no Brasil, veio a exuberância do Movimento Pentecostal. Igrejas e mais igrejas se estabeleceram em nossas terras e depois veio o neo-pentecostalismo, com uma proposta mais amena, sem costumes e proibições, propondo a teologia da prosperidade, uma heresia moderna, que ensina aos fiéis como tirar proveito financeiro da fé em Deus.
Mas acontece que tudo que é modismo tem seu fim e a teologia da prosperidade começa a ser questionada e tende a decrescer inevitavelmente. Entretanto, um novo fenômeno religioso está soprando no meio evangélico – As chamadas “Igrejas Inclusivas” leia-se, igrejas tolerantes com o movimento GLBT. (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais) Não poucos grupos têm se estabelecido aqui no Brasil e no mundo inteiro, principalmente na Europa e Estados Unidos como igrejas gays. Eles têm um discurso próprio, uma hermenêutica voltada para a aceitação do homossexualismo como algo natural, inerente ao ser humano, assim como ser branco ou negro e, portanto, não é pecado algum ser gay. Inclusive, argumentam com versículos bíblicos sua opção sexual!
Pastores, muitos deles formados em seminários e faculdades de teologia selecionam versículos bíblicos e os trazem na ponta da língua para argumentar com quem quer que seja. Os pastores gays acusam as igrejas de negar-lhes o amor de Jesus. Eles levantam um questionamento muito sério contra a igreja que lhes fechou as portas ao descobrir sua homossexualidade. Então se a igreja não os queria eles resolveram fundar as suas próprias comunidades e elas estão crescendo em todo o mundo.
Aqui no Brasil temos a Igreja Acalanto, Comunidade Betel do Rio de Janeiro, Igreja Cristã Contemporânea e a Igreja da Comunidade Metropolitana. Isso para citar apenas as mais conhecidas! Todas elas, igrejas gays ou tolerantes com o movimento GLBT. Além disso, há também igrejas históricas que se enveredaram no caminho do liberalismo e compactuam das mesmas idéias das igrejas GLBT. Não há como negar a realidade desse fato!
Outro dia fui procurado por um “pastor” que me pediu para realizar seu casamento, então quando disse a ele que deveríamos conversar mais sobre isso e pedi para conhecer sua noiva, ele me disse que era homossexual assumido e que iria se casar com outro homem! Ele veio de uma grande igreja evangélica de BH. Mas agora estava se preparando para abrir uma igreja gay na cidade.
Fatos como o relatado acima devem nos deixar alertas para essa nova onda que está surgindo. Essas igrejas se intitulam evangélicas e se apresentam como tais.
Não podemos ser homofóbicos, (ter preconceito contra homoxessuais) mas também não vamos deixar de lado princípios da Palavra de Deus em função da pós-modernidade.
É tempo de denúncia profética, tempo de fazer valer nossas convicções contra um mundo que se afastou do Deus Eterno.
Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente!
Rev. Haroldo Mendes+
16 julho 2009
IGREJA EPISCOPAL DOS ESTADOS UNIDOS DESPREZA COMUNHÃO ANGLICANA
A nova Resolução afirma: “...que Deus chamou tais indivíduos (gays e lésbicas) para o ministério ordenado na Igreja Episcopal...”.
Essa decisão amplia o fosso entre a minoria liberal e a maioria ortodoxa, onde se situa a Diocese do Recife, que lamenta aquela decisão, reafirmando os postulados do anglicanismo bíblico e histórico.
Fonte: www.anglican-mainstream.net
30 junho 2009
Possíveis restos mortais do apóstolo Paulo foram encontrados no Vaticano
Informam as agências de notícias que, ao encerrar o ano paulino, no dia 28 de junho, o Vaticano anunciou que uma análise científica parcial no túmulo onde estão as relíquias de São Paulo revelou a presença de fragmentos de ossos humanos que pertenceriam ao apóstolo.Segundo o papa Bento 16, o sarcófago que está basílica de São Paulo Extramuros, que nunca fora aberto nestes quase 20 séculos, foi "recentemente objeto de uma análise científica atenta". Uma minúscula perfuração foi realizada para introduzir uma sonda especial que permitiu retirar do túmulo minúsculos fragmentos de ossos. Os testes com Carbono 14 demonstraram que pertenceram a uma pessoa que teria vivido entre o 1º e o 2º séculos.– Isto parece confirmar a tradição unânime de que se trataria dos restos mortais do apóstolo Paulo – afirmou o papa.A sonda também permitiu a descoberta "de restos de um precioso tecido de linho púrpura, com bordados em ouro, e de um tecido azul com filamentos de linho" assim como que "grânulos de incenso", informou.Segundo a tradição,o apóstolo Paulo morreu decapitado, no ano de 67, em Roma. Como sabemos pela Bíblia, ele descendia de uma família judaica de Tarso (Ásia Menor) e se converteu a fé cristã nascente após ter perseguido os primeiros adeptos. Depois disto, dedicou sua vida à evangelização dos "gentios" ao redor do mar Mediterrâneo.O cardeal Andrea Lanza di Montezemolo, arcipreste do templo, disse que "não há nenhuma dúvida de que o sarcófago encontrado sob a basílica de São Paulo é do apóstolo”.Em 2005, enquanto realizava outras tarefas de escavação sob a basílica, um grupo de arqueólogos encontrou o sarcófago. À época especulou-se que ali podiam estar os restos de São Paulo.Há dois meses, os arqueólogos -- liderados por Giorgio Filippi, membro da equipe de especialista dos museus do Vaticano - trouxeram finalmente à luz o sarcófago, que tinha ficado enterrado sob as camadas das diversas basílicas e edificações que durante anos foram se sobrepondo umas sobre as outras. Sobre o sepulcro que contém o sarcófago é possível ler a seguinte inscrição em latim “Paulo Apostolo Mart” (Pablo, apóstolo e mártir).
29 junho 2009
25 junho 2009
Criada Nova Província Anglicana nos Estados Unidos
17 junho 2009
Supremo derruba exigência do diploma para jornalistas
O primeiro a votar foi o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, relator do caso. Mendes defendeu a extinção da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
Na avaliação do presidente do STF, o decreto-lei 972/69, que estabelece que o diploma é necessário para o exercício da profissão de jornalista, não atende aos critérios da Constituição de 1988 para a regulamentação de profissões.
Mendes disse que o diploma para a profissão de jornalista não garante que não haverá danos irreparáveis ou prejudicar direitos alheios.
"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", disse.
O voto de Mendes foi seguido pelos ministros Carmen Lucia, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso Mello.
"Esse decreto é mais um entulho do autoritarismo da ditadura militar que pretendia controlar as informações e afastar da redação dos veículos os intelectuais e pensadores que trabalhavam de forma isenta", disse Lewandowski.
Os ministros do STF aceitaram o recurso interposto pelo Sertesp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo) e Ministério Público Federal contra a obrigatoriedade do diploma.
Em novembro de 2006, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, havia decidido liminarmente pela garantia do exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área. Hoje, o plenário confirmou a decisão.
Argumentos
A advogada do Sertesp, Tais Gasparian, argumentou aos ministros que a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é inconstitucional porque a Constituição de 1988 garante a liberdade de expressão e do livre pensamento. Ela disse ainda que a profissão de jornalista não depende de conhecimentos técnicos.
"A profissão não depende de um conhecimento técnico específico. A profissão de jornalista é desprovida de técnicas. É uma profissão intelectual ligada ao ramo do conhecimento humano, ligado ao domínio da linguagem, procedimentos vastos do campo do conhecimento humano, como o compromisso com a informação, a curiosidade. A obtenção dessas medidas não ocorre nos bancos de uma faculdade de jornalismo."
A advogada afirmou ainda que em outros países, como Estados Unidos, França Itália e Alemanha, não há a exigência do diploma. "Nos EUA, a maioria esmagadora dos jornalistas é formada em escola, mas nem por isso se obriga a exigência de diploma", afirmou.
Já o advogado da Fenaj, João Roberto Fontes, saiu em defesa do diploma. Ele disse que há a necessidade do diploma para garantir a boa prática do jornalismo. "A exigência do diploma não impede ninguém de escrever em jornal. Não é exigido diploma para escrever em jornal, mas para exercer em período integral a profissão de jornalista. O jornalismo já foi chamado de quarto Poder da República. Será que não é necessário o conhecimento específico para ter poder desta envergadura? Um artigo escrito por um inepto poderá ter um efeito devastador e transformar leitores em vítimas da má informação", afirmou.
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por sua vez, disse que a obrigatoriedade do diploma pode prejudicar a informação do leitor.
"Não se pode fechar os olhos para o fato de que jornalismo é uma atividade multidisciplinar e que muitas notícias e artigos são prejudicados porque são produzidos apenas por um jornalista especialista em ser jornalista, sendo que em muitos casos essa informação poderia ter sido produzida por um jornalista com outras formações, com formação específica em medicina, em botânica, com grande formação acadêmica, mas que não pode exercer o jornalismo porque não tem diploma. Não se pode desprezar esse contexto", disse.
Lei de Imprensa
No final de abril, o Supremo decidiu revogar a Lei de Imprensa, criada no regime militar. Com isso, os jornalistas e os meios de comunicação serão processados e julgados com base nos artigos da Constituição Federal e dos Códigos Civil e Penal.
Nos crimes contra a honra --calúnia, injúria e difamação--, o julgamento será feito com base no Código Penal, que tem punição mais branda que a Lei de Imprensa. Já os pedidos de indenização por danos morais e materiais serão julgados com base no Código Civil.
O direito de resposta, segundo o ministro do STF Menezes de Direito, não precisa de regulação pois já está previsto na Constituição, em seu artigo 5.
Já o presidente do STF, Gilmar Mendes, defendeu uma norma específica para tratar do direito de resposta. 'Não basta que a resposta seja no mesmo tempo, mas isso tem que ser normatizado. Vamos criar um vácuo? Esse é o único instrumento de defesa do cidadão.'
Sem essa norma específica, os juízes decidirão sobre o direito à resposta, seu tamanho e forma de publicação.
MÁRCIO FALCÃO da FolhaOnline, em Brasília
13 junho 2009
Cristianismo/Anglicanismo e o Programa do Jô
Recomenda para a Igreja o relatório de subseção sobre a sexualidade humana1. Devido ao ensino das Escrituras, apóia a fidelidade no matrimonio entre um homem e uma mulher em união vitalícia, e acredita que a abstinência é correta para aqueles que não são chamados a viver a vida matrimonial; 2. Reconhece que há entre os seres humanos pessoas que têm uma orientação homossexual. Muitos destes são membros de igrejas e estão buscando o cuidado pastoral, e a direção moral da Igreja, e Deus em Seu poder está transformando suas vidas e ordenando suas relações. Nós nos comprometemos a escutar à experiência destas pessoas desejamos assegurar que elas sejam amadas por Deus. ..... 3. Enquanto rejeitamos a prática homossexual como incompatível com as Escrituras, conclamamos todos a ministrar pastoralmente e sensivelmente a todos independente de sua orientação sexual e condenamos o medo irracional de homossexuais, violência dentro do matrimonio e qualquer maneira trivial de tratar ou comercializar a sexualidade humana;(e) Não podemos aconselhar, legitimar ou abençoar as uniões do mesmo sexo. Nem a ordenação destes que se envolvem neste tipo de união.;(g) Denotamos .....a autoridade de Escritura em assuntos de matrimonio e sexualidade......Está claro que a igreja acolhe qualquer pessoa, mas está também claro que isso não significa que concorda com o seu estilo de vida.Sou pastor anglicano em Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife), e nossa Paróquia é hoje a maior igreja Anglicana da América Latina em números, inserção, atividades e ministérios. Temos recebido pastoralmente pessoas de diferente estilos de vida e opção sexual, mas os encaminhamos na direção da transformação de suas vidas pelo poder de Jesus Cristo, e isso tem acontecido com frequência.Ninguém pode ser considerado “Um Anglicano” porque aceita homossexuais sem distinção e porque crê na misericórdia etc.. Ser um anglicano é crer em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador. Associado a isso, ser um anglicano é ser um cristão bíblico e ao mesmo tempo contemporâneo, atento ao que ocorre no tempo e no espaço e pronto para interferir no processo da justiça, da misericórdia, dos valores cristãos.Respeito as opiniões pessoais do Rev Aldo, seu profícuo trabalho social, e a de quem quer que seja, respeito as opções de qualquer pessoa, mas não posso abrir mão das Escrituras e de todas as suas implicações na vida do ser humano ontem , hoje eternamente.
Rev. Miguel Uchoa - Clérigo Anglicano - Diocese do Recife (Comunhão Anglicana)
06 junho 2009
05 junho 2009
SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!
Para início de conversa é bom saber que ser evangélico em nossos dias nem sempre quer dizer ser um cristão autêntico. Tem muita gente enganada por ai, achando que só pelo fato de seu nome constar no rol de membros de determinada igreja ou denominação está salva!
A Igreja do Senhor Jesus nasceu em Jerusalém e se expandiu por toda a Palestina, atravessando fronteiras e chegando à Europa. Depois, varou os continentes e mares e hoje está em praticamente todo o mundo! Isto reforça seu caráter (católico) universal, livre de etnias e aberta a todos os que quiserem receber a palavra da salvação. A princípio a salvação era para os judeus, mas com sua rejeição de Cristo e a conversão do apóstolo Paulo, os gentios foram alcançados com a pregação do evangelho da graça de Deus!
Chegou o tempo de romper com as estruturas exclusivistas de alguns grupos evangélicos. Infelizmente em nosso meio existem àqueles que pensam que só eles vão para o Céu, que só eles têm a verdade e que só eles recebem as bênçãos do Senhor!
Deus não está preso aos paradigmas humanos. As denominações são invenções humanas os rótulos não foram criados por Deus, aliás, na Igreja Primitiva, não havia sequer templos. Os cristãos se reuniam nas casas e isso perdurou até por volta do ano 300 depois de Cristo!
Hoje igrejas de todos os matizes e para todos os gostos surgem em cada esquina. Basta um pastor se desentender com seu líder e ele logo “funda” uma nova “igreja”. Congregações com os nomes mais bizarros possíveis fazem parte do panteão evangélico e não ficam só no nome, suas doutrinas muitas vezes também são bizarras e beiram à heresia!
Está na hora da Igreja Evangélica Brasileira se colocar na sociedade como serva de Deus e parar com as meninices espirituais. Ela deve deixar de lado os modismos que circundam os altares evangélicos e abraçar a sã doutrina de maneira mais comprometida. A igreja deve ser profética e denunciadora do pecado social da nação. Foi assim que agiram os profetas e foi assim que agiu Jesus no seu tempo. E, portanto, é assim que a igreja deve agir!
Chegou o momento em que a Igreja Evangélica precisa tomar uma atitude mais firme com relação à pedofilia, ao desmantelamento da família enquanto instituição projetada por Deus, também se posicionar com relação ao aborto, eutanásia, meio ambiente e muitos outros temas em que ela covardemente se omite, salvo alguns poucos profetas de Deus que tem a coragem de enfrentar essas questões.
Irmãos vamos lutar contra a corrupção, contra a violência e contra a picaretagem religiosa que está tomando conta de muitos púlpitos no Brasil.
Um forte abraço a todos!
20 maio 2009
Federações de igrejas reformadas preparam fusão
O reformador João Calvino, do século XVI, continua influenciando a igreja cristã na atualidade. Num encontro histórico que terá lugar em Genebra, no final do mês, dirigentes de duas organizações internacionais de igrejas reformadas vão planejar a fusão numa só comunhão mundial.
Esse passo para a unidade representa uma homenagem a Calvino de parte de seus herdeiros modernos, disse Peter Borgdorff, presidente do Conselho Ecumênico Reformado (REC), que vai se fusionar com a Aliança Reformada Mundial (ARM).
As duas organizações vão se reunir pela primeira vez na cidade onde Calvino tratava de conciliar as diferentes facções da igreja, para que se incorporassem numa unidade “visível”.
Clifton Kirkpatrick, presidente da ARM, agregou que “é muito afortunado que essas reuniões coincidam com as celebrações do 500o aniversário de João Calvino, celebrado em 2009. É uma prova da permanência de seu legado para a igreja mundial”.
Cerca de 40 dirigentes de 37 igrejas são esperados no Centro John Knox, de 21 a 31 de maio, para assentar as bases de uma organização que reunirá 75 milhões de membros de igrejas reformadas de todo mundo.
As discussões vão se focar nos planos de fusão das duas organizações para a constituição da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR).
“Estamos conscientes da necessidade de assegurar a base financeira da nova organização à luz do ambiente financeiro atual. Isso implica prever uma estrutura que nos permita fazer frente aos desafios de hoje, e, ao mesmo tempo, ter a suficiente flexibilidade para poder acolher projetos futuros, afirmou Borgdorff. “O objetivo é a sustentabilidade,” agregou Kirkpatrick.
O comitê executivo unido examinará propostas de estrutura de pessoal da CMIR, da localização da sede o orçamento. As discussões sobre programas levarão à tomada de decisões a respeito da orientação futura das principais iniciativas da ARM - Aliança para a Justiça Econômica e a Vida na Terra; Missão; e Teologia e Participação Ecumênica.
A proposta de fusão surgiu em fevereiro de 2006. Os comitês executivos das duas organizações aprovaram a proposta em reuniões em 2007. Em outubro de 2008, a ARM e o REC aprovaram um rascunho da constituição e planos preliminares para a transição.
Nessa ocasião, Kirkpatrick aclamou a unidade entre as duas organizações e denominou-o de “um momento muito significativo para manifestar a reconciliação que encontramos em Cristo”.
Entre os pontos da agenda que o comitê executivo terá que lembrar, encontra-se a aprovação do Programa da Assembléia Geral da Unificação, que será realizada no campus do Calvin College, em Grand Rapids, Estados Unidos, de18 a 28 de junho do 2010.
O programa da Assembléia Geral da Unificação destaca planos para um culto dirigido por indígenas americanos às margens do rio Grand Rapids, seguido por um Pow Wow (baile ancestral). A assembléia discutirá questões relacionadas com os direitos dos povos indígenas.
A reunião do comitê executivo unido culminará com um culto agendado para a Catedral de São Pedro, em Genebra, no domingo, 31 de maio, para festejar o Jubileu de Calvino.
Fonte: ALC
07 maio 2009
Pastor de Igreja Evangélica Gay diz que homossexualismo é uma bênção!
Como é a sua atuação na Betel do Rio?
Sou o Presbítero Docente ou Pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro. Minha atuação exige presença constante em todas as reuniões públicas e privadas. Também é meu papel conduzir a Comunidade Betel do Rio de Janeiro, para como Igreja Inclusiva ocupar espaço social relevante, não apenas no âmbito da ação social, como outras igrejas, mas também no âmbito político junto à militância LGBT. Eu e outros eclesianos participamos ativamente das últimas Conferências LGBT nos níveis municipal, estadual (inclusive fora do estado do Rio de Janeiro) e nacional. Promovemos palestras sobre religião e homossexualidade junto às entidades de direitos humanos e LGBT; participamos das paradas do Orgulho que acontecem no Grande Rio; redigimos manifestos todas as vezes que algum político ou pastor fundamentalista toma posição contra os LGBTs.
Acredita que a Igreja pode contribuir e fomentar essas questões?
Não creio numa Igreja apática, desencarnada da realidade social, sem voz e sem vez; não creio e não participaria de uma Igreja que só se preocupa com as "coisas do alto"; creio, como Reformado Protestante, que a Igreja é a consciência do Estado, é seu caráter profético. A Igreja como profeta tem que denunciar abusos, usurpações, desmandos e todas as mazelas sociais. Tem que se posicionar ao lado dos excluídos e marginalizados. Defendemos o Estado Laico, aliás, bandeira histórica dos protestantes em todo o mundo. É nosso dever lutar contra o casamento perverso da religião com o Estado. Esta é minha atuação.Como sua Igreja encara a homossexualidade?Como algo natural. Homossexualidade não é doença física ou psíquica. Homossexualidade não é contagiosa. Homossexualidade é orientação sexual como heterossexualidade é uma orientação sexual. Como teístas, acreditamos que a orientação sexual faz parte da diversidade da criação de Deus e tudo o que Deus criou. Neste sentido, homossexualidade é bênção de Deus e não maldição. Os que usam as Escrituras para condenarem a homossexualidade nada sabem sobre a Bíblia. A leitura deles é uma leitura literalista, mas seletiva. Além disso, outro problema grave são as traduções modernas que não são fiéis aos textos mais antigos como a Bíblia Nova Versão Internacional, dentre outras. Eles usam desonestamente termos criados no século XIX como "sodomitas" ou modernos como "homossexuais" para traduzirem erroneamente termos gregos como arsenokoitai e malakós, que longe estão da noção de homossexualidade como nós a entendemos nos dias de hoje. Não existe tradução bíblica não ideológica. Para mudarmos o quadro de exclusão de homossexuais nas comunidades de fé cristã, é preciso o combate às traduções ideológicas das Escrituras. O que pretende com sua coluna aqui no site A Capa? Que assuntos pretende desenvolver?Pretendo falar sobre religião de maneira plural e democrática, não apenas pelo viés cristão. Também pretendo identificar posturas homofóbicas em religiões não cristãs e debater o assunto com as lideranças dessas religiões, informando o leitor crítico do site a respeito deste assunto tão importante e relevante. Pretendo desmascarar a leitura fundamentalista e literalista seletiva das Escrituras e contribuir para a emancipação política progressiva dos LGBTs do Brasil. Já que os fundamentalistas usam a Bíblia para não conceder direitos aos LGBTs, vamos combatê-los no mesmo terreno. Espero uma grande participação dos leitores do A Capa.
Você acredita que a Igreja, não importando sua denominação, e a comunidade LGBT podem se unir na luta contra o preconceito?
Sim, eu creio e luto para que isso seja realidade no Brasil. Estamos avançando muito neste aspecto junto às igrejas mais abertas à causa da inclusão LGBT na comunidade de fé cristã. Infelizmente, a Igreja, no século IV, quando se posicionou ao lado do poder político no Império Romano, esqueceu seu passado de opressão, e de perseguida passou a ser perseguidora. Quando aconteceu a Reforma, os protestantes durante séculos experimentaram a exclusão, o preconceito, a marginalização, até mesmo a morte nas fogueiras da Inquisição. No Brasil, os protestantes lutaram muito contra a exclusão e a marginalização. Em muitas cidades eram apedrejados, surrados, amarrados em árvores e torturados. Igrejas foram queimadas como a Primeira Igreja Batista de Niterói. É preciso lembrá-los deste passado de luta contra o preconceito para que na atualidade eles se posicionem ao lado dos excluídos e marginalizados de hoje. Devem aprender com a História.Especificamente sobre a Igreja Católica, o que você pensa sobre os discursos homofóbicos do papa?Penso que é uma desgraça! Penso que toda vez que o papa fala de maneira negativa da homossexualidade, contribui e se torna cúmplice das perseguições, das torturas, dos assassinatos de gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais no mundo inteiro. Contribui para uma cultura homofóbica, sexista, heteronormativa, que exclui, que mata os que não se enquadram. Contudo, precisamos entender que o ditado popular "Roma locuta, causa finita", não se aplica mais à atual realidade. Por exemplo, a Conferência Episcopal Alemã, similar à CNBB, emitiu parecer favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo naquele país. A própria CNBB acabou de manifestar publicamente que os homossexuais podem sim ingressar no sacerdócio, desde que observem como os heterossexuais, o celibato; o documento que veio de Roma, que serve como diretriz regulamentar para os candidatos ao sacerdócio, proibia a aceitação nos seminários de "pessoas com tendências homossexuais profundamente arraigadas" - olha aí a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil não se enquadrando nas ordens de Roma! E como isso é recebido no Brasil?Em muitas paróquias Brasil a fora os LGBTs encontram acolhimento, obviamente, isso depende de cada sacerdote, mas conheço vários casos onde tem se praticado a inclusão. Fiquei muito feliz quando uma transexual da Amazônia me disse que era respeitada dentro de sua paróquia e que era atuante! A Igreja Católica Romana não é uma igreja uniforme como eles gostariam que fosse; muitas vozes lá dentro se fazem ouvir a favor da inclusão LGBT.
Como a religião pode se fazer mais presente na vida dos homossexuais?
Pode fazer muito! Estamos vivendo o início de uma era muito diferente da que passou. Iniciativas progressistas e inclusivas estão cada vez mais presentes nas agendas de algumas Igrejas, principalmente das Igrejas Históricas. Por exemplo, no Rio de Janeiro, além da Comunidade Betel, temos o Diversidade Católica, grupo de gays e lésbicas católicos que militam pela inclusão LGBT na Igreja Romana. Em São Paulo, na Paróquia São Luiz Gonzaga, administrada pelos Jesuítas, a missa dominical noturna tem uma grande freqüência LGBT; na mesma cidade existe a Igreja da Comunidade Metropolitana, presente em outras cidades do Brasil, denominação que há 40 anos luta pela inclusão LGBT, e a CCNE, de linha pentecostal, também presente em outras cidades brasileiras. A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) também se identifica como uma igreja inclusiva e, embora não pratiquem uma inclusão radical, como os independentes, possui entre seus eclesianos pessoas homossexuais que não sofrem preconceitos nem com exclusões. Outras Igrejas Anglicanas, chamadas de "Igrejas Continuantes" e que são independentes da IEAB, também são inclusivas como a Igreja Anglicana do Brasil (IAB). Em São Paulo, os Adventistas homossexuais já se organizam como uma organização "pára-eclesiástica", e na internet é forte o grupo das Testemunhas de Jeová Gays, bem como o grupo dos Mórmons. Já temos no Brasil um grupo de Judeus e Judias Gays, atuantes no cenário social. O que quero dizer com essas citações? Que a religião pode se fazer mais presente na vida dos homossexuais se abrindo ao debate reflexivo sobre a diversidade da sexualidade humana, abraçando os LGBTs em suas comunidades locais.
O que você e sua Igreja pensam sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
E sobre camisinha e aborto?
Em nossa comunidade celebramos o Rito de Casamento entre pessoas do mesmo sexo e de pessoas heterossexuais que não podem celebrar o casamento em outras igrejas que condenam o divórcio e o segundo casamento. No próximo sábado, um casal de homossexuais masculinos receberá a bênção matrimonial; já é significante o número de bênçãos que realizamos em Betel. Pensamos que é direito espiritual inegociável que pessoas do mesmo sexo que se amam e que creem em Cristo Jesus, recebam a bênção. Quanto à camisinha, seu uso é obrigatório no combate à disseminação do vírus HIV e outras DSTs e deve ser encorajado seu uso tanto entre solteiros como entre os casados. Nossa Comunidade é aberta aos pesquisadores do assunto, como a Fiocruz e a ABIA/RJ, que ministram palestras sobre o HIV e distribuem camisinhas. Quanto ao aborto, como método contraceptivo, temos posição contrária; existem outros métodos mais saudáveis para a saúde da mulher. Agora, quando o aborto é praticado porque a gravidez é consequência de um estupro ou quando existe má formação do feto e risco de vida para a gestante, nos posicionamos criticamente a favor. O aborto jamais é praticado sem graves consequências espirituais e psíquicas para quem é cristã. Mas não condenamos quem recorreu ao aborto como última opção. E creio que o assunto é de foro íntimo das mulheres; como homem, não me sinto à vontade para ficar falando sobre isso. Como pastor, tenho que olhar com mansidão, entendimento e misericórdia para todas as mulheres que passaram por essa experiência. Qual é o futuro da religião no mundo?Friedrich Schleiermacher [filósofo e teólogo alemão] dizia que religião é sentimento. Enquanto existir a humanidade existirá religião. A Ciência jamais tomará o lugar da religião porque a Ciência, ao contrário do Mito, não explica as tragédias humanas, nem os anseios do espírito humano. Enquanto o ser humano questionar a existência, seus sucessos e fracassos na vida, a religião terá seu lugar na sociedade. E mais: vejo o ateísmo como também vejo a psicanálise como religão, embora de cunho diferente das religiões cristãs e não-cristãs. Até proselitismo fazem! Muitos são apologéticos! A religião, ainda que abra mão de Deus, jamais acabará.
Você acredita que a Igreja poderá ser um dia mais inclusiva, aceitando a todos independente da orientação sexual?
Creio piamente! Trabalho todos os dias e luto para isso. Enquanto um semelhante que é gay, lésbica, travesti, transexual e bissexual tombar sem vida ao chão, seja porque foi assassinado, seja porque atentou contra a própria vida porque era impedido de se auto-conhecer, seja pela família, seja pela Igreja, seja por outros seres humanos que usam da religião e de uma interpretação pervertida das Escrituras Cristãs - eu lutarei e militarei por uma Igreja que seja radicalmente - não parcialmente - inclusiva. O que nós da Igreja Inclusiva estamos fazendo hoje é uma Nova Reforma na Igreja de Cristo e com a ajuda de Deus em primeiro lugar e dos cristãos e cristãs de boa vontade, conseguiremos. É nisto que creio e é pra isso que trabalho.