29 dezembro 2009

O empresário gospel Silas Malafaia compra avião por 12 milhões de dólares



O que antes era só boato, agora é fato. O tele evangelista e empresário gospel Silas Malafaia acaba de adquirir seu mais recente patrimônio, um jatinho particular comprado por nada menos do que 12 milhões de dólares.
Pelo jeito a “unção dos 900 reais” do Cerullo funciona e muito bem para o bolso dos seus idealizadores.
Segundo testemunhas, ao pregar em uma igreja de brasileiros em Boca Raton, (EUA) Silas confessou ter feito um negócio espetacular, ao comprar um dos maiores jatos executivos do mercado por um preço ridículo! Uma “galinha morta”. Uma aeronave com pouquíssimo uso, que se fosse nova, sairia por 18 milhões de dólares! Como a aeronave era de “segunda mão”, ele fechou o negócio pela bagatela de 12 milhões de dólares. O avião usado do Silas Malafaia custa o dobro do preço do avião novo do tele missionário R.R. Soares, um King Air 350 (foto) e também as aeronaves dos distintos Samuel Câmara e do Paipóstolo(?) Renê Terra Nova. Tudo isso em nome da fé e da Palavra de Deus. Não há limites para a ganância humana!

30 novembro 2009

Documento intitulado “Confissões” abala ortodoxos e fere o Movimento Ecumenico

Documento que circula no mundo ortodoxo, que leva por título “Confissão de fé contra o ecumenismo” e assinado por seis metropolitas da Grécia, da Sérvia, do Kosovo e dos Estados Unidos, ataca e condena o diálogo entre denominações cristãs na busca da unidade.
Como cristãos que acreditam na Santíssima Trindade, os seis metropolitas ortodoxos assinalam no documento que eles não têm “o mesmo Deus de nenhuma outra religião, nem o das chamadas religiões monoteístas, judaísmo e islamismo, que não acreditam na Santa Trindade”.
“Confissões” diz que o cristianismo papista é o “berço de todas as heresias e de todos os erros”, que a Igreja Católica exagerou suas próprias doutrinas eclesiológicas, mariológicas. O Concílio Vaticano II, na concepção dos seis ortodoxos, inventou a “pan-religião” e reconheceu uma “vida espiritual” nas outras fés.
Mas pior que os católicos-romanos, acusam os metropolitas, são os protestantes, que perderam os sacramentos. “Confissões” classifica de “pan-hereges” o patriarcado de Constantinopla e o Santo Sínodo, pois comprometeram a Igreja do Oriente no caminho ecumênico.
“Queremos acreditar que os hierarcas que assinaram (as “Confissões”) não compreenderam que estão liderando um cisma”, respondeu o patriarca ecumênico Bartholomeos I, lembrando que o compromisso ortodoxo ao diálogo ecumênico foi assumido de forma sinodal (conjunta) por todas as igrejas, em 1986.
O historiador italiano e professor da Universidade de Modena-Reggio, Alberto Melloni, comentou, em artigo para o jornal Corriere della Serra, edição do dia 16 de novembro, que o sentido mais profundo dessa iniciativa contra o ecumenismo não está uma questão intra-ortodoxa.

“A medida dos zelotas do Oriente lembra muito de perto – pelo léxico e pelos objetivos – o tradicionalismo católico, o integrismo luterano, o fundamentalismo congregacionalista, os exilados anglicanos”, assinalou.
Fonte: ALC

25 novembro 2009

ATENÇÃO PASTORES E IGREJAS


LEIS QUE TRAMITAM EM BRASÍLIA CONTRÁRIAS À IGREJA CRISTÃ.

POR FAVOR LEIAM ,OREM INTERCEDAM E REPASSEM 


·   Será proibido fazer cultos, missas ou evangelismo na rua (Reforma Constitucional)
·  Cultos ou Missas  somente com portas fechadas (Reforma Constitucional) 
·    As igrejas serão obrigadas a pagar impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
·   Programas religiosos na televisão apenas uma hora por dia.
·   Pastores ou Padres só poderão fazer programa de televisão, se tiver faculdade de 'jornalismo'.
·   Será considerado crime pregar sobre espiritismo, feitiçaria e idolatria, e também veicular mensagem no rádio, televisão, jornais e internet, sobre essas práticas contrárias a Palavra de Deus.
·  Pastores ou Padres que pregarem sobre dízimos e ofertas, dependendo do número de reclamações, serão presos.
·  Pastores ou Padres que forem presos por pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada (homossexualismo, idolatria e espiritismo), não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
·  Igrejas que não realizarem casamento de homem com homem e mulher com mulher, estarão fazendo 'discriminação', poderão ser multadas e os pastores processados.
·  Querem que o dia do 'Orgulho Gay' seja oficializado em todas as cidades brasileiras.
Reforma Constitucional – Mudanças no texto da Constituição que garantem a liberdade de culto. Se aprovadas, fica proibido culto fora das igrejas (evangelismo de rua), cultos religiosos só com portas fechadas.

  1. Projeto nº 4.720/03 – Altera a legislação do 'imposto de renda' das pessoas jurídicas.
  2. Projeto nº 3.331/04 – Altera o artigo 12 da Lei nº 9.250/95, que trata da legislação do imposto de renda das 'pessoas físicas'
    Se convertidos em Lei, os dois projetos obrigariam as igrejas a recolherem impostos sobre dízimos, ofertas e contribuições.
  3. Projeto nº 299/99 – Altera o código brasileiro de telecomunicações (Lei 4.117/62).
    Se aprovado, reduziria programas evangélicos no rádio e televisão a apenas uma hora.
  4. Projeto nº6.398/05 – Regulamenta a profissão de Jornalista
    Contém artigos que estabelecem que só poderá fazer programas de rádio e televisão, pessoas com formação em JORNALISMO, Significa que pastores e padres sem a formação em jornalismo não poderão fazer programas através desses meios.
  5. Projeto nº 1.154/03 – Proíbe veiculação de programas em que o teor seja considerado preconceito religioso.
    Se aprovado, será considerado crime pregar sobre idolatria, feitiçaria e rituais satânicos. Será proibido que mensagens sobre essas práticas sejam veiculadas no rádio, televisão, jornais e internet. A verdade sobre esse atos contrários a Palavra de Deus, não poderá mais ser mostrada.
  6. Projeto nº 952/03 – Estabelece que é crime atos religiosos que possam ser considerados abusivos a boa-fé das pessoas.
    Convertido em Lei, pelo número de reclamações, pastores serão considerados 'criminosos' por pregarem sobre dízimos e ofertas.
  7. Projeto nº 4.270/04[/b] – Determina que comentários feitos contra ações praticadas por grupos religiosos possam ser passíveis de ação civil.
    Se convertido em Lei, as Igrejas Evangélicas e Católicas ficariam proibidas de pregar sobre práticas condenadas pela Bíblia Sagrada, como espiritismo, feitiçaria, idolatria e outras. Se o fizerem, não terão direito a se defender por meio de ação judicial.
  8. Projeto de nº 216/04[/b] – Torna inelegível a função religiosa com a governamental.
    Significa que todo pastor ou líder religioso lançado a candidaturas para qualquer cargo político, não poderá de forma alguma exercer trabalhos na igreja.
Existem outros projetos em andamento que ferem princípios bíblicos, entre eles: 
·   Casamento de homens com homens e mulheres com mulheres. 
·   Estabelecer um dia oficial do 'Orgulho Gay' em todas as cidades brasileiras, entre outros. 


23 novembro 2009

O liberalismo está corroendo as igrejas históricas, principalmente a Igreja Anglicana. Oremos por um avivamento urgente!!!!!

14 novembro 2009

Entendendo a fé Cristã

A fé cristã é muito mais que simplesmente se filiar a uma determinada denominação religiosa. Ela abrange uma realidade muito mais ampla, mais concisa e determinantemente transformadora!
É assim que devemos entender a mensagem do homem de Nazaré. Ele veio há mais de dois mil anos e nos trouxe algo imensurável, trouxe-nos a vida o prazer e a alegria de viver.
Sem entender a realidade transformadora da mensagem de Jesus, não vale à pena ser cristão. Nossos olhos devem estar atentos às palavras descritas nas entrelinhas da Bíblia. Ler não somente com os olhos intelectuais, mas observar atentamente com os olhos do espírito. Aí sim, poderemos encontrar alguma pista do que procuramos. Pistas que farão toda diferente em nossa vida, que mudarão nossos conceitos e nosso modus vivendi.
A maioria das pessoas passará esta vida sem entender o seu real significado. Elas nascerão, crescerão e inevitavelmente vão morrer, sem entender ao menos o que vieram fazer aqui. Ou pior, sem compreender qual o real significado de suas existências.  Essas pessoas pensarão que viveram, mas na verdade elas se iludiram e se deixaram levar pelas aparências que o mundo colocou diante delas. Elas sucumbiram à ilusão da vida dos sentidos e não entraram na real existência.
O ser humano é um ser espiritual. Mesmo que os cientistas digam o contrário, mesmo que os intelectuais e ateus tentem a todo custo banir Deus e a espiritualidade da nossa existência, eles não conseguirão. Os homens, mesmo os mais primitivos habitantes de civilizações remotas e os mais estudiosos, não conseguirão apagar Deus de suas trajetórias. Fica sempre um vazio dentro do homem. Sempre há algo que falta, sempre uma saudade, uma busca. Os homens vivem com uma sensação de incompletude tremenda. Está faltando algo (ou alguém) em nossa vida. É sempre assim. Santo Agostinho, que foi bispo de Hipona, no 4º século, dizia que Deus nos fez para Ele e nosso coração só descansará quando descansar Nêle. Isso é verdade. É real! Temos um vazio imenso dentro de nós que só pode ser preenchido com a presença de Deus.
O Senhor sempre quis estar perto de nós. Desde o princípio já podemos perceber isso nos relatos do livro de Gênesis, onde Deus à tarde ia visitar Adão e dialogar com ele.
 “Naquele dia, quando soprava o vento suave da tarde, o homem e a sua mulher ouviram a voz do Senhor Deus, que estava passeando pelo jardim”. ( Genesis 3:7 NTLH)
 O texto, que para muitos soa como uma alegoria ou mesmo como lenda, nos dá com muita clareza essa relação da criatura com seu criador. É uma intimidade que Deus sempre quis ter conosco.
Então entender esse princípio de que o cristianismo é muito mais do que uma religião é o primeiro passo para se entender sua beleza e profundidade. As religiões buscam se ligar a Deus, esse é o sentido etimológico da palavra religião, religare. Mas no cristianismo é Deus quem toma a iniciativa, é Ele que vem ao nosso encontro, para cuidar de nós e nos mostrar o caminho de volta pra casa.

11 novembro 2009

O Arcebispo da Igreja Anglicana da Nigéria Revmo Peter Akinola publicou uma carta aberta em nome dos Primazes do Gafcon/ Fraternidade dos Anglicanos Confessantes (FCA), onde afirma: “A nossa identidade é o catolicismo reformado, que atribui autoridade suprema às Sagradas Escrituras, e reconhece que o nosso único representante diante de Deus é o Senhor Jesus Cristo...", e que “... Permanecemos como herdeiros orgulhosos da Reforma Inglesa". O Arcebispo Akinola pede  que permaneçamos na Comunhão Anglicana, com essa identidade e esses  princípios.

10 novembro 2009

Igreja Episcopal Anglicana do Brasil se pronuncia sobre documento do Vaticano

Vaticano interfere em questões internas de igreja irmã, lamenta primaz


Brasília, segunda-feira, 9 de novembro de 2009 (ALC) - Surpresos e preocupados, líderes da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) questionam o anúncio, “unilateral”, do Vaticano de criar uma provisão constitucional especial de acolhida aos episcopais anglicanos descontentes com a ordenação feminina e de pessoas homoafetivas promovida por essa família confessional.
Se a medida do Vaticano fosse destinada a pessoas que já saíram da Comunhão Anglicana por razões de divergência teológica, ela seria de fato um acolhimento pastoral a quem já não mais a integra, argumenta o bispo primaz da IEAB, dom Maurício Andrade, em posicionamento oficial.
“Mas, na medida em que se destina a pessoas e comunidades que ainda estão dentro da Comunhão, mesmo que em dissenso, a provisão representa um problema ético de interferência em assuntos internos de outra igreja irmã”, agrega o bispo primaz.
A IEAB lamenta que nenhuma instância oficial da Comunhão Anglicana tenha participado do processo de construção da provisão e, “para surpresa de muitos, a própria Congregação para a Unidade dos Cristãos não participou do processo interno, em Roma, sequer para o anúncio da iniciativa”, que ficou, de forma privada, sob a coordenação da Congregação para a Doutrina e Fé, menciona Andrade.
O posicionamento da IEAB chama a atenção para os documentos oficiais recentes da Igreja Católica Romana, que têm reafirmado “não a sua identidade apenas como Igreja universal, mas sua singularidade como sinal verdadeiro e original da presença de Cristo entre os povos. Isso implica uma autocompreensão de exclusividade eclesiológica e organizacional que dificulta o avanço do diálogo entre as duas igrejas.”
Os episcopais anglicanos brasileiros lembram os 40 anos de diálogo entre as duas Comunhões, por iniciativa do papa Paulo VI e do arcebispo de Canteburry, Michael Ramsey, que quebrou séculos de silêncio entre as duas partes.
Eles esperam, agora, que o anúncio dessa interferência do Vaticano “não venha a se constituir em empecilho para o futuro do nosso diálogo”, e que possam conhecer em tempo o teor da provisão, que ainda não se tornou pública, “e aplicar, quando possível, o princípio do respeito à autonomia interna de nossas igrejas”.

Fonte: Agência Latino Americana e Caribenha de Comunicação

09 novembro 2009

O Movimento da Fé e a Teologia da Prosperidade




Heresia Nova e Antiga


Os últimos acontecimentos no meio evangélico nos deixaram perplexos. Não só pelo fato de escandalizar muitos irmãos, causando frustrações enormes. Mas também porque isso nos leva a um questionamento sério sobre a realidade das Igrejas Evangélicas brasileiras.
Refiro-me aos rumos tomados pela maioria das Igrejas Evangélicas de duas décadas pra cá. Opções deliberadas em prol de movimentos os mais exóticos possíveis! Entre eles, não podemos deixar de destacar o mais agressivo e pra não dizer o mais sedutor e envolvente, o chamado Movimento da Fé ou Teologia da Prosperidade. Essa nova onda, surgiu de forma gradual a partir dos ensinos e escritos de Essek William Kenyon (1867-1948), ele era inspirado na seita Ciência Cristã. Em 1891, Kenyon ingressou na Emerson School of Oratory (Escola Emerson de Oratória), em Boston, EUA, escola eclética fundada e dirigida por Charles Emerson: “Ali se encontrou com o Novo Pensamento de Finéias Quimby sobre o poder da mente e os ensinos da Ciência Cristã”. McConnell, em sua obra A Different Gospel, declarou: “Em seus 40 anos de ministério, a teologia de Emerson evoluiu do congregacionalismo para o universalismo, para o unitarismo, para o transcendentalismo, para o Novo Pensamento (Nova Idéia), e terminou, finalmente, na mais rígida e dogmática de todas as seitas metafísicas, a Ciência Cristã. Emerson uniu-se à Ciência Cristã em 1903 e nela permaneceu envolvido até sua morte, em 1908.
Kenyon empenhou-se em campanhas, pregando salvação e cura em Jesus Cristo, dando ênfase aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade. Aplicava a técnica do poder do pensamento positivo. Não era pentecostal, pastoreou várias igrejas e fundou outras tantas. Ele foi influenciado pelas seitas Ciência da Mente, Ciência Cristã e a Metafísica do Novo Pensamento. Escreveu 16 livros, e, depois de sua morte, em 1948, sua filha encarregou-se de publicar suas obras que “tiveram grande influência na “Palavra da Fé”. Hoje, ele é reconhecido como Pai do movimento Confissão Positiva: “Seus escritos tornaram-se, também, embrionários para o ministério de Kenneth Hagin, Kenneth (falecido recentemente), Copeland, Don Gossett, Charles Capps, e outros no movimento Palavra da Fé e Confissão Positiva”.
Qualquer evangélico de olhar mais atento identificará com facilidade essas técnicas nos cultos de várias igrejas atuais. Isto não é o Evangelho do Senhor, que foi pregado por Paulo, Pedro e tantos outros apóstolos e mártires da Igreja.
Fiquemos atentos para não compramos gato por lebre.
“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.
Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. Gálatas 1:8-9


Rev. Haroldo Mendes+

07 novembro 2009

Para viver um cristianismo autêntico

Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros.
Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos.
S. João 13:34-35 (NTLH)

Amados, hoje mais do que nunca precisamos levar a sério estas palavras ditas por Jesus e registradas no Evangelho de S. João. A ênfase do ensino do Senhor Jesus está pautada por esse mandamento. Negar isso é negar a própria essência da fé cristã!
Em tempos de teologias as mais bizarras possíveis, nesse período em que as denominações evangélicas padecem de uma doença crônica chamada superficialidade, nada mais saudável do que um retorno aos fundamentos elementares do ensino do mestre.
De nada adianta celebrar um belíssimo culto, com bandas profissionais de louvor, trazer um pregador que arrebata multidões e que realiza milagres instantâneos, se nos esquecemos do fundamental. O mais aprazível para Deus não é o esplendor dos cultos ou a beleza dos templos e sim a maneira como tratamos e nos relacionamos com os irmãos. A Igreja é agência do Reino de Deus e como tal, deve expressar os princípios desse reino de justiça e paz. Negar isso é afrontar a Deus e aviltar o próximo!
Há quanto tempo você não houve em sua igreja um sermão sobre a caridade e o amor ao próximo? O que a maioria prega hoje é o triunfalismo “evangélico”. Ninguém está preocupado com os pobres e sofredores. O que muitas vezes nos atrai para as igrejas é a vontade de nos darmos bem na vida, de querer resolver nossos problemas e conflitos pessoais custe o que custar.
Daí a advertência do Senhor: “Eu lhes dou este novo mandamento”. Não é algo opcional ou que posso deixar pra depois. É MANDAMENTO DO SENHOR!!! E Jesus colocou como prova do nosso amor por ele é que guardaríamos os seus mandamentos. Então São João diz novamente em sua segunda epístola: “Quem diz que vive na luz e odeia seu irmão está na escuridão até agora. Quem ama o seu irmão vive na luz, e não há nessa pessoa nada que leve alguém a pecar. Mas quem odeia seu o irmão está na escuridão, anda nela e não sabe onde está indo, porque a escuridão não deixa que essa pessoa enxergue”.      I João 2:9-11
Pensem nisso e busquem um cristianismo mais autêntico e evangélico!

Rev. Haroldo Mendes+

25 outubro 2009

A despeito do convite do Papa para o retorno dos Anglicanos...

Achei interessante a iniciativa de Bento XVI de abrir as portas da Igreja Romano-Católica para os Anglicanos! Diga-se de passagem, para os Anglicanos tradicionalistas, que não aceitam ordenação de mulheres ao sacerdócio e muito menos a sagração de bispos gays. Bem, na verdade, esse retorno de tradicionalistas que vivem flertando com o bispo de Roma e o Vaticano não é de hoje. Desde o Papa anterior isso já acontecia e até antes de João Paulo II. É só conferir nos registros históricos, que vez ou outra veremos Anglicanos querendo voltar pra Roma!
Mas a realidade é que quem vai voltar é uma minoria insatisfeita com os desdobramentos dos últimos anos. Não somente pela ordenação de mulheres ao sacerdócio, mas também pela sagração de mulheres bispas e pela escolha de um bispo declaradamente homossexual na Igreja Episcopal dos Estados Unidos. Quem se assanha pra voltar são os anglo-católicos, minoria ritualista da Igreja Anglicana! A maioria evangelical e protestante, nem sonha com isso, pois têm consciência de sua história e de sua identidade.
A Igreja Anglicana continuará sua trajetória histórica de igreja de via média. Católica e reformada. É esse o seu carisma. Mesmo que os anglo-católicos tentem transformá-la numa igreja romana e os evangélicos numa igreja batista, ela jamais será uma coisa ou outra. Faz parte do ethos anglicano essa dubieidade. É esse o seu charme e tirar isso é solapar a identidade anglicana.
Um anglicano legítimo nunca se sentirá à vontade na Igreja Católica Apostólica Romana. Lá tem Papa, nós não temos. lá o governo é centralizado, para nós a autoridade do bispo é dispersa. Na Igreja Anglicana as decisões são tomadas pelo clero e pelo povo, na Romana Não! E, além disso, há questões doutrinárias divergentes em alguns aspectos. Então o Anglicano que aderir à Igreja de Roma, terá de renunciar ao anglicanismo. Por isso o Papa fala de conversão.
Eu gosto e respeito muito a Igreja Católica. Mas não quero voltar pra Roma. O anglicanismo me basta!

Rev. Haroldo Mendes+

12 outubro 2009

A Igreja Evangélica está doente

A Igreja Evangélica está em crise. Crise de identidade e crise de caráter! Não se sabe mais para onde ir. Quem impõe os paradigmas são os pastores da televisão, que estão mais a fim de ganhar dinheiro e ter projeção na mídia do que pregar o evangelho de Cristo.
Os últimos acontecimentos nos deixaram estarrecidos e perplexos! Escândalos na Renascer com o “apóstolo Hernandez e a “bispa” Sônia presos, escândalos na Record do “bispo Macedo” e agora a unção de 900 reais do Silas Malafaia e do pregador americano Moris Cerullo. Isso sem falar no rodízio de pastores em troca de grana alta que algumas igrejas adotaram por aqui. Fica cada dia mais difícil ser evangélico no Brasil. Evangélico é quem vive e prega o evangelho e esse pessoal está muito longe disso, para não dizer que estão no lado oposto!
A Igreja Evangélica está ficando desmoralizada. Já existe igreja evangélica gay. Além disso, tem denominação histórica que ordena e aceita o homossexualismo como algo natural. Outro dia perguntei a um bispo de uma determinada denominação se ele ordenaria um homossexual declarado ao ministério. Sabem o que ele me respondeu? Disse que se a pessoa não desse “bandeira” ele ordenaria sem nenhum problema.
Para onde vai a Igreja Evangélica? Ela perdeu o referencial. Muitos pastores sonham em serem como Edir Macedo e Silas Malafaia. A maioria quer montar um império em nome da fé. Tudo isso à custa do povo sofrido, que chegou ao evangelho pela via da dor e da desilusão!
Amados a Igreja Evangélica está doente. Ela sofre de um mal terrível, ela está acometida de falta de espiritualidade e de sentido!
Salvemos urgentemente a Igreja Evangélica. Vamos nos unir para declarar o senhorio de Jesus Cristo sobre os falsos apóstolos e profetas. Precisamos de uma reforma na Igreja Evangélica Brasileira. Ela necessita voltar às suas origens apostólicas, voltar para Jesus, deixar a vaidade e a ganância de lado e então ser um referencial em nossa nação.
Somente depois que ela se converter é que haverá avivamento genuíno em nosso Brasil. Clamemos ao Senhor para que ele envie o espírito de conversão sobre os pastores da teologia da prosperidade, que Ele expulse o espírito da ganância e estabeleça a justiça a paz e a santidade no meio do seu povo.
Só a Ele a glória!

Rev. Haroldo Mendes+

07 setembro 2009

R$ 900 Reais pela "Unção da Prosperidade"

Neste último sábado, logo pela manhã, ligo a televisão do meu quarto, no programa “Vitória em Cristo”, apresentado pelo tele evangelista Silas Malafaia e me deparo com uma figura bastante conhecida no meio evangélico, o Dr. Morris Cerullo. Cerullo é um pregador de cura divina que diz ter tido um encontro pessoal com Jesus aos 14 anos. Vejamos: “Com a idade de 14 anos, depois de ter sido instruído pelos “principais rabinos” duma cidade do Estado de Nova Jérsei, Cerullo foi tirado do orfanato judeu “por dois seres angelicais, para um refúgio que havia sido preparado para ele.” Menos de um ano depois, ele foi transportado ao céu, onde teve um encontro face a face com Deus. De acordo com o relato, “assim como Moisés contemplou a glória de Deus no arbusto que não queimava, Cerullo foi levado no espírito aos lugares celestiais, onde contemplou a Presença de Deus, sendo o ministério de sua vida claramente detalhado perante ele”.
Deus, que foi descrito por Cerullo como alguém com 1,83m de altura e o dobro da largura dum corpo humano, tirou, por assim dizer, “a tampa do inferno e permitiu-me ver do céu para baixo, para os portais do submundo”.(fonte: Miracle Book – Morris Cerullo – Cap XI).
Pois é. Esse homem esteve no programa do pregador televisivo Silas Malafaia e disse ter tido uma revelação divina, onde o próprio Deus lhe deu uma unção especial de prosperidade. Mas que para se obter essa “unção”, o telespectador teria que fazer um depósito na conta do programa “Vitória em Cristo”, no valor de R$ 900,00 (novecentos reais). Pasmem!!! Para se obter a “Unção da Prosperidade Financeira” deveríamos pagar quase mil reais ao programa do evangelista Silas Malafia.
Moris Cerullo tentou explicar de maneira cabalística (a cabala é uma doutrina mística e exotérica do judaísmo) o por que do número nove. E depois de muito palavrório sob o olhar extasiado e brilhante de Malafaia, Moris Cerullho colocou a proposta da oferta dos R$ 900,00 para se alcançar a “Unção da Prosperidade”!
Fatos como esses estão acontecendo aos montes. Os pregadores televisivos e muitos pastores estão com o coração na teologia da ganância. Essa barganha com Deus precisa parar. Esta é uma doutrina perniciosa que está devastando a Igreja do Senhor.
Não vamos permitir que lobos saqueiem a seara santa!
“Não é toda pessoa que me chama de “Senhor, Senhor” que entrará no Reino do Céu, mas somente que faz a vontade de meu Pai, que está no Céu.”. Mt. 7:21 (NTLH)

Rev. Haroldo Mendes+

19 agosto 2009

REDE GLOBO X RECORD

Todo mundo está acompanhando pela tv e pelos jornais a guerra acirrada entre a Rede Globo e a Rede Record de televisão. Acusações daqui, injúrias dali e a coisa vai tomando formas que cheiram a baixaria!
Mas é bom que os evangélicos não se iludam nessa briga de cachorro grande. Nas palavras do próprio Edir Macedo em sua última entrevista no Repórter Record onde ele diz para a repórter no elevador de sua igreja em Miami: “Ninguém chuta cachorro morto.”
A briga entre as duas emissoras não tem nada de religioso e muito menos de santo! Não pensem que a Globo está perseguindo os evangélicos, até porque a Igreja Universal do Reino de Deus não é historicamente e nem teologicamente uma igreja evangélica. A briga é por audiência!!! E trocando em miúdos por dinheiro, marca característica das duas organizações, isso pra não dizer das três!
Esta semana a Igreja Universal, depois de ter sido denunciada pela Revista Veja e pela Globo de que ela está enchendo os bolsos da Record com o dinheiro dos fiéis, ofereceu à Globo a bagatela de mais de 500 milhões de reais para comprar horários em sua grade. A Globo, como era de se esperar, recusou.
Bem, cifras astronômicas de dinheiro, denúncias de todos os lados e muita roupa suja lavada no ar e em horário nobre. Tudo isso só serve para uma coisa: Mostrar o nível em que caminham as igrejas envolvidas com a heresia da Teologia da Prosperidade (pra não dizer teologia da ganância).
Esta briga não tem nada a ver com os evangélicos e muito menos com o povo de Deus!

Rev. Haroldo Mendes+

11 agosto 2009

Gilmar Mendes critica ação do MPF contra símbolos religiosos

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse nesta terça-feira considerar um exagero a ação do Ministério Público Federal (MPF) que pede a retirada de símbolos religiosos de repartições públicas federais no Estado.

"Tomara que não mandem derrubar o Cristo Redentor", ironizou o ministro, antes de participar de uma banca de doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ao se referir à ação civil pública com pedido de liminar da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, ajuizada no último dia 31 de julho, o ministro afirmou que o MPF tem "muito mais coisa para fazer" antes de se preocupar com essa temática.

"Se nós olharmos sob a perspectiva do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, há presídios lotados, falta de respeito aos direitos humanos, uma série de questões que não são respeitadas, falta mesmo de atenção, processos prescrevendo no Ministério Público. Eu diria que há muito mais coisa para se fazer que cuidar desse tipo de assunto", declarou.

O presidente do STF reconheceu que o tema dos símbolos religiosos tem gerado debates jurídicos em todo o mundo, mas reiterou que a questão está cercada de exageros. "Se aprofundarmos essa discussão e formos radicais, vamos rever o calendário? Nós estamos agora no ano de 2009, que significa 2009 anos depois de Cristo. Vamos colocar isso em xeque? O próprio calendário, o sábado, o domingo, será revisto? A Páscoa, o Natal?", questionou. "Muito daquilo que se diz que é algo religioso, uma expressão de símbolo religioso, na verdade é uma expressão da civilização ocidental cristã", opinou.

04 agosto 2009

Arcebispo de Cantuária Escreve Sobre as Decisões da Igreja Episcopal (dos EUA)

O Serviço de Notícias da Comunhão Anglicana (ACNS) divulgou, em 28.07.2009, o documento denominado “Comunhão, Pacto e o Nosso Futuro Anglicano”, com 26 parágrafos, e o subtítulo: “Reflexões sobre a Convenção Geral da Igreja Episcopal, de 2009, pelo Arcebispo de Cantuária para os Bispos, Clérigos e Fiéis da Comunhão Anglicana”. No texto, o Arcebispo de Cantuária faz referência às Resoluções dos episcopais norte-americanos de aprovar a Ordenação de clérigos homossexuais praticantes às três Ordens (Diáconos, Presbíteros e Bispos) e de autorizar a redação de ritos para a união de pessoas do mesmo sexo. Embora aquela Convenção Geral tenha reiterado o seu desejo de permanecer no interior da Comunhão Anglicana, e que as referidas resoluções eram apenas “descritivas” e não “normativas”, o fato é que já havia antes uma forte tensão entre a Província dos EUA e as demais Províncias, e que, mesmo com essas ressalvas, o fato é que essas tensões apenas se agravaram. Para Rowan Williams, os episcopais norte-americanos não podem ignorar, em uma perspectiva ecumênica, o conjunto da Cristandade, e, muito menos, o conjunto da Comunhão Anglicana, e que essa pertença não pode se dar com uma autonomia absoluta de cada Província, mas sob o princípio da mutualidade. O Arcebispo de Cantuária diz que o que está em jogo não é uma questão de direitos civis, ou da dignidade da pessoa dos homossexuais, ou a sua inclusão na Igreja, mas a ruptura com a herança apostólica e o consenso dos fiéis em termos de não se aceitar alguma equivalência das uniões homoeróticas ao casamento, e, muito menos, a adoção desse estilo de vida para os lideres ordenados. Rowan Williams reconhece a gravidade da situação, e as tendências à descentralização ou ao centralismo, e que ele espera que as Províncias subscrevam o Pacto Anglicano, mas, se algumas não o fizerem, o que poderia acontecer? Provavelmente uma profunda alteração na natureza dessa Comunhão, com um novo modelo, de “dois trilhos”, ou “duas expressões”: os que subscreverem e os que não subscreverem o Pacto, com níveis diferentes de relacionamento entre si, o que leva a inquietação sobre a possível conflitividade entre ambos os grupos. Em suma: o Arcebispo de Cantuária reconhece que a Igreja Episcopal (dos EUA) é responsável pela atual crise, que há um ensino histórico adotado pela Comunhão Anglicana sobre a Sexualidade Humana, que a questão central não é de direitos civis, dignidade ou membresia, mas de ruptura com essa crença e com os que continuam a assim crer, que isso vai afetar o futuro do desenho institucional da Comunhão, e que, a partir da assinatura ou não do Pacto, vamos conviver (e como?) com duas expressões de Anglicanismo.

Fonte: Anglican Communion News Service

21 julho 2009

Igrejas Gays a nova onda evangélica

É possível que estejamos passando pela maior crise de identidade que a Igreja Evangélica já passou nos últimos séculos. E não é pra menos! Depois do estabelecimento institucional das igrejas protestantes históricas no Brasil, veio a exuberância do Movimento Pentecostal. Igrejas e mais igrejas se estabeleceram em nossas terras e depois veio o neo-pentecostalismo, com uma proposta mais amena, sem costumes e proibições, propondo a teologia da prosperidade, uma heresia moderna, que ensina aos fiéis como tirar proveito financeiro da fé em Deus.

Mas acontece que tudo que é modismo tem seu fim e a teologia da prosperidade começa a ser questionada e tende a decrescer inevitavelmente. Entretanto, um novo fenômeno religioso está soprando no meio evangélico – As chamadas “Igrejas Inclusivas” leia-se, igrejas tolerantes com o movimento GLBT. (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais) Não poucos grupos têm se estabelecido aqui no Brasil e no mundo inteiro, principalmente na Europa e Estados Unidos como igrejas gays. Eles têm um discurso próprio, uma hermenêutica voltada para a aceitação do homossexualismo como algo natural, inerente ao ser humano, assim como ser branco ou negro e, portanto, não é pecado algum ser gay. Inclusive, argumentam com versículos bíblicos sua opção sexual!

Pastores, muitos deles formados em seminários e faculdades de teologia selecionam versículos bíblicos e os trazem na ponta da língua para argumentar com quem quer que seja. Os pastores gays acusam as igrejas de negar-lhes o amor de Jesus. Eles levantam um questionamento muito sério contra a igreja que lhes fechou as portas ao descobrir sua homossexualidade. Então se a igreja não os queria eles resolveram fundar as suas próprias comunidades e elas estão crescendo em todo o mundo.

Aqui no Brasil temos a Igreja Acalanto, Comunidade Betel do Rio de Janeiro, Igreja Cristã Contemporânea e a Igreja da Comunidade Metropolitana. Isso para citar apenas as mais conhecidas! Todas elas, igrejas gays ou tolerantes com o movimento GLBT. Além disso, há também igrejas históricas que se enveredaram no caminho do liberalismo e compactuam das mesmas idéias das igrejas GLBT. Não há como negar a realidade desse fato!

Outro dia fui procurado por um “pastor” que me pediu para realizar seu casamento, então quando disse a ele que deveríamos conversar mais sobre isso e pedi para conhecer sua noiva, ele me disse que era homossexual assumido e que iria se casar com outro homem! Ele veio de uma grande igreja evangélica de BH. Mas agora estava se preparando para abrir uma igreja gay na cidade.

Fatos como o relatado acima devem nos deixar alertas para essa nova onda que está surgindo. Essas igrejas se intitulam evangélicas e se apresentam como tais.

Não podemos ser homofóbicos, (ter preconceito contra homoxessuais) mas também não vamos deixar de lado princípios da Palavra de Deus em função da pós-modernidade.

É tempo de denúncia profética, tempo de fazer valer nossas convicções contra um mundo que se afastou do Deus Eterno.

Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e será eternamente!

Rev. Haroldo Mendes+

16 julho 2009

IGREJA EPISCOPAL DOS ESTADOS UNIDOS DESPREZA COMUNHÃO ANGLICANA

Desprezando resoluções e recomendações da Conferência de Lambeth, do Encontro dos Primazes e do Conselho Consultivo Anglicano (ACC), além de um apelo feito pessoalmente ao plenário pelo Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, a Convenção Geral da Igreja Episcopal (TEC) dos Estados Unidos aprovou pela ampla maioria dos seus Bispos, Clérigos e Leigos, a Resolução DO 25, revogando a Resolução BO 33, de 2006, que estabelecia uma moratória para a sagração de bispos (não falava em Presbíteros e Diáconos) homossexuais.

A nova Resolução afirma: “...que Deus chamou tais indivíduos (gays e lésbicas) para o ministério ordenado na Igreja Episcopal...”.

Essa decisão amplia o fosso entre a minoria liberal e a maioria ortodoxa, onde se situa a Diocese do Recife, que lamenta aquela decisão, reafirmando os postulados do anglicanismo bíblico e histórico.

Fonte:
www.anglican-mainstream.net

30 junho 2009

Possíveis restos mortais do apóstolo Paulo foram encontrados no Vaticano



Informam as agências de notícias que, ao encerrar o ano paulino, no dia 28 de junho, o Vaticano anunciou que uma análise científica parcial no túmulo onde estão as relíquias de São Paulo revelou a presença de fragmentos de ossos humanos que pertenceriam ao apóstolo.Segundo o papa Bento 16, o sarcófago que está basílica de São Paulo Extramuros, que nunca fora aberto nestes quase 20 séculos, foi "recentemente objeto de uma análise científica atenta". Uma minúscula perfuração foi realizada para introduzir uma sonda especial que permitiu retirar do túmulo minúsculos fragmentos de ossos. Os testes com Carbono 14 demonstraram que pertenceram a uma pessoa que teria vivido entre o 1º e o 2º séculos.– Isto parece confirmar a tradição unânime de que se trataria dos restos mortais do apóstolo Paulo – afirmou o papa.A sonda também permitiu a descoberta "de restos de um precioso tecido de linho púrpura, com bordados em ouro, e de um tecido azul com filamentos de linho" assim como que "grânulos de incenso", informou.Segundo a tradição,o apóstolo Paulo morreu decapitado, no ano de 67, em Roma. Como sabemos pela Bíblia, ele descendia de uma família judaica de Tarso (Ásia Menor) e se converteu a fé cristã nascente após ter perseguido os primeiros adeptos. Depois disto, dedicou sua vida à evangelização dos "gentios" ao redor do mar Mediterrâneo.O cardeal Andrea Lanza di Montezemolo, arcipreste do templo, disse que "não há nenhuma dúvida de que o sarcófago encontrado sob a basílica de São Paulo é do apóstolo”.Em 2005, enquanto realizava outras tarefas de escavação sob a basílica, um grupo de arqueólogos encontrou o sarcófago. À época especulou-se que ali podiam estar os restos de São Paulo.Há dois meses, os arqueólogos -- liderados por Giorgio Filippi, membro da equipe de especialista dos museus do Vaticano - trouxeram finalmente à luz o sarcófago, que tinha ficado enterrado sob as camadas das diversas basílicas e edificações que durante anos foram se sobrepondo umas sobre as outras. Sobre o sepulcro que contém o sarcófago é possível ler a seguinte inscrição em latim “Paulo Apostolo Mart” (Pablo, apóstolo e mártir).

29 junho 2009

"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias." Clarice Lispector.

25 junho 2009

Criada Nova Província Anglicana nos Estados Unidos

Com ampla cobertura da imprensa, a presença de 350 delegados clericais e leigos (e 450 observadores, convidados e jornalistas) foi criada, na cidade de Bedford, Texas, esta segunda-feira, dia 22 de junho, a Igreja Anglicana na América do Norte (ACNA), formada por Dioceses e Dioceses em formação dos Estados Unidos e Canadá. A nova Província reúne 700 Paróquias e cerca de 100.000 membros, de linha teológica e moral ortodoxa, separada da Igreja Episcopal (TEC) de linha liberal. Além de cultos, palestras e testemunhos, a Assembleia aprovou, no dia 22, a Constituição, com aplausos e o cântico da Doxologia: “A Deus Supremo”. A Igreja Católica Romana, a Igreja Luterana Sínodo de Missouri, algumas jurisdições anglicanas Continuantes e movimentos missionários enviarem representantes. Dois oradores de outras Igrejas foram convidados para falar ao auditório: o pastor batista Rick Warren e Metropolita Jonah, da Igreja Ortodoxa. Nessa quarta-feira, à noite, na Paróquia de Pleno, Texas, uma das maiores dos EUA será a investidura do Primaz, Revmo. Robert Duncan, Bispo da Diocese de Pittsburgh. A Assembleia Constitutiva foi precedida por uma reunião do Colégio dos Bispos. Também estão sendo instaladas as Comissões e Juntas (Missão, Administração, Finanças, Liturgia). Foi criado um movimento de juventude. Os Primazes e Bispos Diocesanos de outras Províncias, que tem supervisão sobre Paróquias norte-americanas assinaram dois documentos: a Ata de Fundação e a Transferência de Supervisão e Delegação de Jurisdição para o novo Primaz. Nos intervalos das sessões que aprovaram a Constituição e os Cânones, usaram da palavra representantes de várias Províncias, inclusive o Bispo do Recife, Dom Robinson Cavalcanti. A Assembleia de instalação da ACNA se encerrará na quinta-feira, dia 25 de junho. O Arcebispo de Cantuária, que havia recebido o Bispo Robert Duncan em Lambeth, e sugerido que o mesmo protocolasse um pedido formal de reconhecimento da nova Província, enviou um “representante pastoral pessoal”. A Nigéria e Uganda já reconheceram a Igreja Anglicana na América do Norte. Espera-se que o mesmo venha a acontecer com outras Províncias nos próximos meses. A criação da ACNA é o fato novo mais importante na história contemporânea do Anglicanismo, e com desdobramentos ainda imprevisíveis.Secretaria Diocesana Anglicana de Comunicação Social

17 junho 2009

Supremo derruba exigência do diploma para jornalistas

Por 8 a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou na quarta-feira, 17 de junho a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Só o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção do diploma.

O primeiro a votar foi o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, relator do caso. Mendes defendeu a extinção da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Na avaliação do presidente do STF, o decreto-lei 972/69, que estabelece que o diploma é necessário para o exercício da profissão de jornalista, não atende aos critérios da Constituição de 1988 para a regulamentação de profissões.

Mendes disse que o diploma para a profissão de jornalista não garante que não haverá danos irreparáveis ou prejudicar direitos alheios.

"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", disse.

O voto de Mendes foi seguido pelos ministros Carmen Lucia, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso Mello.

"Esse decreto é mais um entulho do autoritarismo da ditadura militar que pretendia controlar as informações e afastar da redação dos veículos os intelectuais e pensadores que trabalhavam de forma isenta", disse Lewandowski.

Os ministros do STF aceitaram o recurso interposto pelo Sertesp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo) e Ministério Público Federal contra a obrigatoriedade do diploma.

Em novembro de 2006, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, havia decidido liminarmente pela garantia do exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área. Hoje, o plenário confirmou a decisão.

Argumentos

A advogada do Sertesp, Tais Gasparian, argumentou aos ministros que a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é inconstitucional porque a Constituição de 1988 garante a liberdade de expressão e do livre pensamento. Ela disse ainda que a profissão de jornalista não depende de conhecimentos técnicos.

"A profissão não depende de um conhecimento técnico específico. A profissão de jornalista é desprovida de técnicas. É uma profissão intelectual ligada ao ramo do conhecimento humano, ligado ao domínio da linguagem, procedimentos vastos do campo do conhecimento humano, como o compromisso com a informação, a curiosidade. A obtenção dessas medidas não ocorre nos bancos de uma faculdade de jornalismo."

A advogada afirmou ainda que em outros países, como Estados Unidos, França Itália e Alemanha, não há a exigência do diploma. "Nos EUA, a maioria esmagadora dos jornalistas é formada em escola, mas nem por isso se obriga a exigência de diploma", afirmou.

Já o advogado da Fenaj, João Roberto Fontes, saiu em defesa do diploma. Ele disse que há a necessidade do diploma para garantir a boa prática do jornalismo. "A exigência do diploma não impede ninguém de escrever em jornal. Não é exigido diploma para escrever em jornal, mas para exercer em período integral a profissão de jornalista. O jornalismo já foi chamado de quarto Poder da República. Será que não é necessário o conhecimento específico para ter poder desta envergadura? Um artigo escrito por um inepto poderá ter um efeito devastador e transformar leitores em vítimas da má informação", afirmou.

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por sua vez, disse que a obrigatoriedade do diploma pode prejudicar a informação do leitor.

"Não se pode fechar os olhos para o fato de que jornalismo é uma atividade multidisciplinar e que muitas notícias e artigos são prejudicados porque são produzidos apenas por um jornalista especialista em ser jornalista, sendo que em muitos casos essa informação poderia ter sido produzida por um jornalista com outras formações, com formação específica em medicina, em botânica, com grande formação acadêmica, mas que não pode exercer o jornalismo porque não tem diploma. Não se pode desprezar esse contexto", disse.

Lei de Imprensa

No final de abril, o Supremo decidiu revogar a Lei de Imprensa, criada no regime militar. Com isso, os jornalistas e os meios de comunicação serão processados e julgados com base nos artigos da Constituição Federal e dos Códigos Civil e Penal.

Nos crimes contra a honra --calúnia, injúria e difamação--, o julgamento será feito com base no Código Penal, que tem punição mais branda que a Lei de Imprensa. Já os pedidos de indenização por danos morais e materiais serão julgados com base no Código Civil.

O direito de resposta, segundo o ministro do STF Menezes de Direito, não precisa de regulação pois já está previsto na Constituição, em seu artigo 5.

Já o presidente do STF, Gilmar Mendes, defendeu uma norma específica para tratar do direito de resposta. 'Não basta que a resposta seja no mesmo tempo, mas isso tem que ser normatizado. Vamos criar um vácuo? Esse é o único instrumento de defesa do cidadão.'

Sem essa norma específica, os juízes decidirão sobre o direito à resposta, seu tamanho e forma de publicação.

MÁRCIO FALCÃO da FolhaOnline, em Brasília

13 junho 2009

Cristianismo/Anglicanismo e o Programa do Jô

Sempre que consigo e quando há algo interessante, gosto de assistir o programa do JÔ. Portanto assisti nesses dias uma entrevista do Rev. Anglicano Aldo Quintão pároco da catedral anglicana de São Paulo e conhecido como o Reverendo casamenteiro. Conheci o citado Reverendo rapidamente faz alguns anos e me surpreendi com sua performance na entrevista do Jô. Eu explico:Lamentavelmente tenho que dizer que as informações dadas pelo citado reverendo não são de todo verdadeiras e colaboram com a desinformação sobre esse ramo do cristianismo. Para esclarecer coloco apenas algumas informações :A Igreja Anglicana, não defende, nem aceita o homossexualismo como algo dentro da normalidade de comportamento. Cito a resolução da Conferência de Lambeth de 1988, ainda válida e que diz a posição oficial dessa denominação cristã.Resolução I.10 Conferência de Lambeth 1998 sobre Sexualidade HumanaEsta Conferência:
Recomenda para a Igreja o relatório de subseção sobre a sexualidade humana1. Devido ao ensino das Escrituras, apóia a fidelidade no matrimonio entre um homem e uma mulher em união vitalícia, e acredita que a abstinência é correta para aqueles que não são chamados a viver a vida matrimonial; 2. Reconhece que há entre os seres humanos pessoas que têm uma orientação homossexual. Muitos destes são membros de igrejas e estão buscando o cuidado pastoral, e a direção moral da Igreja, e Deus em Seu poder está transformando suas vidas e ordenando suas relações. Nós nos comprometemos a escutar à experiência destas pessoas desejamos assegurar que elas sejam amadas por Deus. ..... 3. Enquanto rejeitamos a prática homossexual como incompatível com as Escrituras, conclamamos todos a ministrar pastoralmente e sensivelmente a todos independente de sua orientação sexual e condenamos o medo irracional de homossexuais, violência dentro do matrimonio e qualquer maneira trivial de tratar ou comercializar a sexualidade humana;(e) Não podemos aconselhar, legitimar ou abençoar as uniões do mesmo sexo. Nem a ordenação destes que se envolvem neste tipo de união.;(g) Denotamos .....a autoridade de Escritura em assuntos de matrimonio e sexualidade......Está claro que a igreja acolhe qualquer pessoa, mas está também claro que isso não significa que concorda com o seu estilo de vida.Sou pastor anglicano em Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife), e nossa Paróquia é hoje a maior igreja Anglicana da América Latina em números, inserção, atividades e ministérios. Temos recebido pastoralmente pessoas de diferente estilos de vida e opção sexual, mas os encaminhamos na direção da transformação de suas vidas pelo poder de Jesus Cristo, e isso tem acontecido com frequência.Ninguém pode ser considerado “Um Anglicano” porque aceita homossexuais sem distinção e porque crê na misericórdia etc.. Ser um anglicano é crer em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador. Associado a isso, ser um anglicano é ser um cristão bíblico e ao mesmo tempo contemporâneo, atento ao que ocorre no tempo e no espaço e pronto para interferir no processo da justiça, da misericórdia, dos valores cristãos.Respeito as opiniões pessoais do Rev Aldo, seu profícuo trabalho social, e a de quem quer que seja, respeito as opções de qualquer pessoa, mas não posso abrir mão das Escrituras e de todas as suas implicações na vida do ser humano ontem , hoje eternamente.
Rev. Miguel Uchoa - Clérigo Anglicano - Diocese do Recife (Comunhão Anglicana)

05 junho 2009

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!

Ser ou não ser, eis a questão! Esta expressão foi cunhada pelo dramaturgo e poeta Willian Shakespeare em sua obra mais famosa chamada Hamlet. Hoje a mesma pergunta se faz necessária no contexto evangélico brasileiro. Ser ou não ser evangélico, eis a questão! (To be, or not to be that is the question!).
Para início de conversa é bom saber que ser evangélico em nossos dias nem sempre quer dizer ser um cristão autêntico. Tem muita gente enganada por ai, achando que só pelo fato de seu nome constar no rol de membros de determinada igreja ou denominação está salva!
A Igreja do Senhor Jesus nasceu em Jerusalém e se expandiu por toda a Palestina, atravessando fronteiras e chegando à Europa. Depois, varou os continentes e mares e hoje está em praticamente todo o mundo! Isto reforça seu caráter (católico) universal, livre de etnias e aberta a todos os que quiserem receber a palavra da salvação. A princípio a salvação era para os judeus, mas com sua rejeição de Cristo e a conversão do apóstolo Paulo, os gentios foram alcançados com a pregação do evangelho da graça de Deus!
Chegou o tempo de romper com as estruturas exclusivistas de alguns grupos evangélicos. Infelizmente em nosso meio existem àqueles que pensam que só eles vão para o Céu, que só eles têm a verdade e que só eles recebem as bênçãos do Senhor!
Deus não está preso aos paradigmas humanos. As denominações são invenções humanas os rótulos não foram criados por Deus, aliás, na Igreja Primitiva, não havia sequer templos. Os cristãos se reuniam nas casas e isso perdurou até por volta do ano 300 depois de Cristo!
Hoje igrejas de todos os matizes e para todos os gostos surgem em cada esquina. Basta um pastor se desentender com seu líder e ele logo “funda” uma nova “igreja”. Congregações com os nomes mais bizarros possíveis fazem parte do panteão evangélico e não ficam só no nome, suas doutrinas muitas vezes também são bizarras e beiram à heresia!
Está na hora da Igreja Evangélica Brasileira se colocar na sociedade como serva de Deus e parar com as meninices espirituais. Ela deve deixar de lado os modismos que circundam os altares evangélicos e abraçar a sã doutrina de maneira mais comprometida. A igreja deve ser profética e denunciadora do pecado social da nação. Foi assim que agiram os profetas e foi assim que agiu Jesus no seu tempo. E, portanto, é assim que a igreja deve agir!
Chegou o momento em que a Igreja Evangélica precisa tomar uma atitude mais firme com relação à pedofilia, ao desmantelamento da família enquanto instituição projetada por Deus, também se posicionar com relação ao aborto, eutanásia, meio ambiente e muitos outros temas em que ela covardemente se omite, salvo alguns poucos profetas de Deus que tem a coragem de enfrentar essas questões.
Irmãos vamos lutar contra a corrupção, contra a violência e contra a picaretagem religiosa que está tomando conta de muitos púlpitos no Brasil.
Um forte abraço a todos!

20 maio 2009

Federações de igrejas reformadas preparam fusão

O reformador João Calvino, do século XVI, continua influenciando a igreja cristã na atualidade. Num encontro histórico que terá lugar em Genebra, no final do mês, dirigentes de duas organizações internacionais de igrejas reformadas vão planejar a fusão numa só comunhão mundial.

Esse passo para a unidade representa uma homenagem a Calvino de parte de seus herdeiros modernos, disse Peter Borgdorff, presidente do Conselho Ecumênico Reformado (REC), que vai se fusionar com a Aliança Reformada Mundial (ARM).

As duas organizações vão se reunir pela primeira vez na cidade onde Calvino tratava de conciliar as diferentes facções da igreja, para que se incorporassem numa unidade “visível”.

Clifton Kirkpatrick, presidente da ARM, agregou que “é muito afortunado que essas reuniões coincidam com as celebrações do 500o aniversário de João Calvino, celebrado em 2009. É uma prova da permanência de seu legado para a igreja mundial”.

Cerca de 40 dirigentes de 37 igrejas são esperados no Centro John Knox, de 21 a 31 de maio, para assentar as bases de uma organização que reunirá 75 milhões de membros de igrejas reformadas de todo mundo.

As discussões vão se focar nos planos de fusão das duas organizações para a constituição da Comunhão Mundial de Igrejas Reformadas (CMIR).

“Estamos conscientes da necessidade de assegurar a base financeira da nova organização à luz do ambiente financeiro atual. Isso implica prever uma estrutura que nos permita fazer frente aos desafios de hoje, e, ao mesmo tempo, ter a suficiente flexibilidade para poder acolher projetos futuros, afirmou Borgdorff. “O objetivo é a sustentabilidade,” agregou Kirkpatrick.

O comitê executivo unido examinará propostas de estrutura de pessoal da CMIR, da localização da sede o orçamento. As discussões sobre programas levarão à tomada de decisões a respeito da orientação futura das principais iniciativas da ARM - Aliança para a Justiça Econômica e a Vida na Terra; Missão; e Teologia e Participação Ecumênica.

A proposta de fusão surgiu em fevereiro de 2006. Os comitês executivos das duas organizações aprovaram a proposta em reuniões em 2007. Em outubro de 2008, a ARM e o REC aprovaram um rascunho da constituição e planos preliminares para a transição.

Nessa ocasião, Kirkpatrick aclamou a unidade entre as duas organizações e denominou-o de “um momento muito significativo para manifestar a reconciliação que encontramos em Cristo”.

Entre os pontos da agenda que o comitê executivo terá que lembrar, encontra-se a aprovação do Programa da Assembléia Geral da Unificação, que será realizada no campus do Calvin College, em Grand Rapids, Estados Unidos, de18 a 28 de junho do 2010.

O programa da Assembléia Geral da Unificação destaca planos para um culto dirigido por indígenas americanos às margens do rio Grand Rapids, seguido por um Pow Wow (baile ancestral). A assembléia discutirá questões relacionadas com os direitos dos povos indígenas.

A reunião do comitê executivo unido culminará com um culto agendado para a Catedral de São Pedro, em Genebra, no domingo, 31 de maio, para festejar o Jubileu de Calvino.

Fonte: ALC


07 maio 2009

Pastor de Igreja Evangélica Gay diz que homossexualismo é uma bênção!

O site A Capa estreia nesta quinta-feira (07/05) sua mais nova coluna, que abordará temas ligados à religião. Para escrevê-la, convidamos o teólogo e historiador Márcio Retamero, 35, mestre em História Moderna pela Universidade Federal Fluminense e pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro.Desde 2006, a Comunidade Betel se auto-intitula uma Igreja Protestante Reformada e Inclusiva, que milita pela inclusão de LGBT na Igreja Cristã. Além de exercer papel fundamental na luta pela aceitação de homossexuais na Igreja, a Betel celebra o que chama de Rito de Casamento entre pessoas do mesmo sexo, isto é, uma cerimônia onde casais gays recebem a bênção matrimonial.Nesta entrevista, Márcio Retamero explica sobre a ideia da coluna e levanta algumas polêmicas, entre elas a posição da Igreja Católica de condenar a homossexualidade. Também diz que a perseguição contra LGBT é fundamentada principalmente na interpretação equivocada da Bíblia. Confira a seguir.

Como é a sua atuação na Betel do Rio?
Sou o Presbítero Docente ou Pastor da Comunidade Betel do Rio de Janeiro. Minha atuação exige presença constante em todas as reuniões públicas e privadas. Também é meu papel conduzir a Comunidade Betel do Rio de Janeiro, para como Igreja Inclusiva ocupar espaço social relevante, não apenas no âmbito da ação social, como outras igrejas, mas também no âmbito político junto à militância LGBT. Eu e outros eclesianos participamos ativamente das últimas Conferências LGBT nos níveis municipal, estadual (inclusive fora do estado do Rio de Janeiro) e nacional. Promovemos palestras sobre religião e homossexualidade junto às entidades de direitos humanos e LGBT; participamos das paradas do Orgulho que acontecem no Grande Rio; redigimos manifestos todas as vezes que algum político ou pastor fundamentalista toma posição contra os LGBTs.
Acredita que a Igreja pode contribuir e fomentar essas questões?
Não creio numa Igreja apática, desencarnada da realidade social, sem voz e sem vez; não creio e não participaria de uma Igreja que só se preocupa com as "coisas do alto"; creio, como Reformado Protestante, que a Igreja é a consciência do Estado, é seu caráter profético. A Igreja como profeta tem que denunciar abusos, usurpações, desmandos e todas as mazelas sociais. Tem que se posicionar ao lado dos excluídos e marginalizados. Defendemos o Estado Laico, aliás, bandeira histórica dos protestantes em todo o mundo. É nosso dever lutar contra o casamento perverso da religião com o Estado. Esta é minha atuação.Como sua Igreja encara a homossexualidade?Como algo natural. Homossexualidade não é doença física ou psíquica. Homossexualidade não é contagiosa. Homossexualidade é orientação sexual como heterossexualidade é uma orientação sexual. Como teístas, acreditamos que a orientação sexual faz parte da diversidade da criação de Deus e tudo o que Deus criou. Neste sentido, homossexualidade é bênção de Deus e não maldição. Os que usam as Escrituras para condenarem a homossexualidade nada sabem sobre a Bíblia. A leitura deles é uma leitura literalista, mas seletiva. Além disso, outro problema grave são as traduções modernas que não são fiéis aos textos mais antigos como a Bíblia Nova Versão Internacional, dentre outras. Eles usam desonestamente termos criados no século XIX como "sodomitas" ou modernos como "homossexuais" para traduzirem erroneamente termos gregos como arsenokoitai e malakós, que longe estão da noção de homossexualidade como nós a entendemos nos dias de hoje. Não existe tradução bíblica não ideológica. Para mudarmos o quadro de exclusão de homossexuais nas comunidades de fé cristã, é preciso o combate às traduções ideológicas das Escrituras. O que pretende com sua coluna aqui no site A Capa? Que assuntos pretende desenvolver?Pretendo falar sobre religião de maneira plural e democrática, não apenas pelo viés cristão. Também pretendo identificar posturas homofóbicas em religiões não cristãs e debater o assunto com as lideranças dessas religiões, informando o leitor crítico do site a respeito deste assunto tão importante e relevante. Pretendo desmascarar a leitura fundamentalista e literalista seletiva das Escrituras e contribuir para a emancipação política progressiva dos LGBTs do Brasil. Já que os fundamentalistas usam a Bíblia para não conceder direitos aos LGBTs, vamos combatê-los no mesmo terreno. Espero uma grande participação dos leitores do A Capa.

Você acredita que a Igreja, não importando sua denominação, e a comunidade LGBT podem se unir na luta contra o preconceito?
Sim, eu creio e luto para que isso seja realidade no Brasil. Estamos avançando muito neste aspecto junto às igrejas mais abertas à causa da inclusão LGBT na comunidade de fé cristã. Infelizmente, a Igreja, no século IV, quando se posicionou ao lado do poder político no Império Romano, esqueceu seu passado de opressão, e de perseguida passou a ser perseguidora. Quando aconteceu a Reforma, os protestantes durante séculos experimentaram a exclusão, o preconceito, a marginalização, até mesmo a morte nas fogueiras da Inquisição. No Brasil, os protestantes lutaram muito contra a exclusão e a marginalização. Em muitas cidades eram apedrejados, surrados, amarrados em árvores e torturados. Igrejas foram queimadas como a Primeira Igreja Batista de Niterói. É preciso lembrá-los deste passado de luta contra o preconceito para que na atualidade eles se posicionem ao lado dos excluídos e marginalizados de hoje. Devem aprender com a História.Especificamente sobre a Igreja Católica, o que você pensa sobre os discursos homofóbicos do papa?Penso que é uma desgraça! Penso que toda vez que o papa fala de maneira negativa da homossexualidade, contribui e se torna cúmplice das perseguições, das torturas, dos assassinatos de gays, lésbicas, travestis, transexuais e bissexuais no mundo inteiro. Contribui para uma cultura homofóbica, sexista, heteronormativa, que exclui, que mata os que não se enquadram. Contudo, precisamos entender que o ditado popular "Roma locuta, causa finita", não se aplica mais à atual realidade. Por exemplo, a Conferência Episcopal Alemã, similar à CNBB, emitiu parecer favorável à união civil de pessoas do mesmo sexo naquele país. A própria CNBB acabou de manifestar publicamente que os homossexuais podem sim ingressar no sacerdócio, desde que observem como os heterossexuais, o celibato; o documento que veio de Roma, que serve como diretriz regulamentar para os candidatos ao sacerdócio, proibia a aceitação nos seminários de "pessoas com tendências homossexuais profundamente arraigadas" - olha aí a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil não se enquadrando nas ordens de Roma! E como isso é recebido no Brasil?Em muitas paróquias Brasil a fora os LGBTs encontram acolhimento, obviamente, isso depende de cada sacerdote, mas conheço vários casos onde tem se praticado a inclusão. Fiquei muito feliz quando uma transexual da Amazônia me disse que era respeitada dentro de sua paróquia e que era atuante! A Igreja Católica Romana não é uma igreja uniforme como eles gostariam que fosse; muitas vozes lá dentro se fazem ouvir a favor da inclusão LGBT.

Como a religião pode se fazer mais presente na vida dos homossexuais?
Pode fazer muito! Estamos vivendo o início de uma era muito diferente da que passou. Iniciativas progressistas e inclusivas estão cada vez mais presentes nas agendas de algumas Igrejas, principalmente das Igrejas Históricas. Por exemplo, no Rio de Janeiro, além da Comunidade Betel, temos o Diversidade Católica, grupo de gays e lésbicas católicos que militam pela inclusão LGBT na Igreja Romana. Em São Paulo, na Paróquia São Luiz Gonzaga, administrada pelos Jesuítas, a missa dominical noturna tem uma grande freqüência LGBT; na mesma cidade existe a Igreja da Comunidade Metropolitana, presente em outras cidades do Brasil, denominação que há 40 anos luta pela inclusão LGBT, e a CCNE, de linha pentecostal, também presente em outras cidades brasileiras. A Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) também se identifica como uma igreja inclusiva e, embora não pratiquem uma inclusão radical, como os independentes, possui entre seus eclesianos pessoas homossexuais que não sofrem preconceitos nem com exclusões. Outras Igrejas Anglicanas, chamadas de "Igrejas Continuantes" e que são independentes da IEAB, também são inclusivas como a Igreja Anglicana do Brasil (IAB). Em São Paulo, os Adventistas homossexuais já se organizam como uma organização "pára-eclesiástica", e na internet é forte o grupo das Testemunhas de Jeová Gays, bem como o grupo dos Mórmons. Já temos no Brasil um grupo de Judeus e Judias Gays, atuantes no cenário social. O que quero dizer com essas citações? Que a religião pode se fazer mais presente na vida dos homossexuais se abrindo ao debate reflexivo sobre a diversidade da sexualidade humana, abraçando os LGBTs em suas comunidades locais.

O que você e sua Igreja pensam sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo?
E sobre camisinha e aborto?
Em nossa comunidade celebramos o Rito de Casamento entre pessoas do mesmo sexo e de pessoas heterossexuais que não podem celebrar o casamento em outras igrejas que condenam o divórcio e o segundo casamento. No próximo sábado, um casal de homossexuais masculinos receberá a bênção matrimonial; já é significante o número de bênçãos que realizamos em Betel. Pensamos que é direito espiritual inegociável que pessoas do mesmo sexo que se amam e que creem em Cristo Jesus, recebam a bênção. Quanto à camisinha, seu uso é obrigatório no combate à disseminação do vírus HIV e outras DSTs e deve ser encorajado seu uso tanto entre solteiros como entre os casados. Nossa Comunidade é aberta aos pesquisadores do assunto, como a Fiocruz e a ABIA/RJ, que ministram palestras sobre o HIV e distribuem camisinhas. Quanto ao aborto, como método contraceptivo, temos posição contrária; existem outros métodos mais saudáveis para a saúde da mulher. Agora, quando o aborto é praticado porque a gravidez é consequência de um estupro ou quando existe má formação do feto e risco de vida para a gestante, nos posicionamos criticamente a favor. O aborto jamais é praticado sem graves consequências espirituais e psíquicas para quem é cristã. Mas não condenamos quem recorreu ao aborto como última opção. E creio que o assunto é de foro íntimo das mulheres; como homem, não me sinto à vontade para ficar falando sobre isso. Como pastor, tenho que olhar com mansidão, entendimento e misericórdia para todas as mulheres que passaram por essa experiência. Qual é o futuro da religião no mundo?Friedrich Schleiermacher [filósofo e teólogo alemão] dizia que religião é sentimento. Enquanto existir a humanidade existirá religião. A Ciência jamais tomará o lugar da religião porque a Ciência, ao contrário do Mito, não explica as tragédias humanas, nem os anseios do espírito humano. Enquanto o ser humano questionar a existência, seus sucessos e fracassos na vida, a religião terá seu lugar na sociedade. E mais: vejo o ateísmo como também vejo a psicanálise como religão, embora de cunho diferente das religiões cristãs e não-cristãs. Até proselitismo fazem! Muitos são apologéticos! A religião, ainda que abra mão de Deus, jamais acabará.

Você acredita que a Igreja poderá ser um dia mais inclusiva, aceitando a todos independente da orientação sexual?
Creio piamente! Trabalho todos os dias e luto para isso. Enquanto um semelhante que é gay, lésbica, travesti, transexual e bissexual tombar sem vida ao chão, seja porque foi assassinado, seja porque atentou contra a própria vida porque era impedido de se auto-conhecer, seja pela família, seja pela Igreja, seja por outros seres humanos que usam da religião e de uma interpretação pervertida das Escrituras Cristãs - eu lutarei e militarei por uma Igreja que seja radicalmente - não parcialmente - inclusiva. O que nós da Igreja Inclusiva estamos fazendo hoje é uma Nova Reforma na Igreja de Cristo e com a ajuda de Deus em primeiro lugar e dos cristãos e cristãs de boa vontade, conseguiremos. É nisto que creio e é pra isso que trabalho.