18 novembro 2012

PRECISAMOS OLHAR O PASSADO PARA VIVERMOS O PRESENTE


Muitas vezes nos sentimos presos a regras, dogmas e rótulos sociais. Fora isso há também as inúmeras crendices, usos e costumes totalmente descontextualizados que nos aprisionam. A grande questão que nos toca é a prática cristã. Como viver a mensagem deixada por Cristo num mundo totalmente avesso às questões espirituais e que em sua maioria pensa que os valores cristãos já estão ultrapassados?
A má interpretação da mensagem evangélica e a falta de um ensino e divulgação adequados são os causadores dessa rejeição por parte de muitas pessoas. O que temos visto? Liguem a TV e assistam aos programas religiosos e terão ideia do que andam ensinando e pregando como mensagem cristã. Não precisamos ser teólogos ou especialistas em religião para sabermos que a maioria dos pregadores de hoje pregam um evangelho totalmente fora do seu contexto e pior, infiel à mensagem original do seu criador.
Penso realmente que o problema é hermenêutico ou de caráter. Se for hermenêutico, menos mal, pois há sempre a possibilidade de uma volta a uma interpretação mais fiel da mensagem. Mas se for de caráter, aí sim, a coisa toma rumos obscuros e é necessário denunciar e desmascarar           os falsos profetas e vendilhões do templo.
Alguém disse que Jesus nos chamou para sermos fiéis a ele e à sua mensagem e não para termos sucesso. Prosperidade financeira, bem estar emocional, adquirir bens a todo custo e pautar a vida pelo ter e não pelo ser, isso definitivamente não é o objetivo da mensagem de Jesus. Pelo contrário a proposta do carpinteiro Jesus é de amor ao próximo, solidariedade e acima de tudo compromisso com os menos favorecidos, os pobres.
Este ano comemoramos os 495 anos da Reforma Protestante. Como carecemos de olhar o passado! Como necessitamos afinar os ouvidos para ouvir a voz dos reformadores e daqueles que os antecederam!
A Reforma Protestante, embora tenha quase 500 anos é atualíssima. Ela poderá nos ajudar a conduzir a Igreja do Senhor nesses dias de escassez e aridez espirituais.
Parafraseando um filósofo cristão, posso dizer que para vivermos o presente precisamos olhar para o passado com perspectivas para o futuro.