26 setembro 2013

OS VENTOS DE DOUTRINA E A FÉ CRISTÃ

Estamos em aperto por todos os lados. A Igreja Cristã está numa encruzilhada tremenda e se não tomar uma posição firme corre sério risco de cair numa crise sem precedentes.
Vou explicar melhor. Fomos invadidos por uma onda de misticismo e de barganhas com Deus de maneira tal que me deixa extremamente preocupado.
As igrejas neopentecostais são verdadeiras feiras ou mercados de quinquilharias supostamente evangélicas. Além disso, prometem o Céu e cura para todos os males, desde espinhela caída até amor traído. E não obstante tudo isso ainda há a chamada Teologia da Prosperidade que promete mundos e fundos, mas que no frigir dos ovos só enriquece mesmo seus pregadores televisivos ou não!
Bem, esse é um dos lados da moeda. Mas tem outro!
Como se não bastasse a bizarrice dos neopentecostais está surgindo e com veemência, outra  onda a saltar no meio evangélico. É o neojudaísmo. Mais conhecido como judaísmo messiânico. Esses, ao modo dos ebionitas do ano 150, (seita judaizante da era pós apostólica) também querem impingir à Igreja do Senhor costumes judaicos e o estrito cumprimento da lei mosaica. Eles “guardam” o sábado, seguem regras rígidas de alimentação, evitam alimentos que o Velho Testamento condena e se apegam às festas judaicas, dizendo que a Igreja Cristã precisa celebrar as festas bíblicas.
Mas a questão maior está em que esses neojudeus têm sérios problemas de ordem teológica. Muitos deles sutilmente negam a divindade de Cristo e a doutrina da Trindade. Se são judeus como afirmam  não aceitam que Deus seja mais de uma pessoa, logo, o Messias não é Deus, mas tão somente o Filho de Deus Salvador. Esta é a mesma doutrina de um homem chamado Ário. Vejamos o que ensinava o presbítero de Alexandria Ário:
“Por volta do ano 319, Ário começou a propagar que só existia um Deus verdadeiro, o "Pai Eterno", princípio de todos os seres. O Cristo-Logos havia sido criado por Ele antes do tempo como um instrumento para a criação, pois a divindade transcendente não poderia entrar em contato com a matéria. Cristo, inferior e limitado, não possuía o mesmo poder divino, situando-se entre o Pai e os homens”
Esta doutrina perniciosa da negação da divindade de Cristo ainda perdura em nossos dias. Além dos judeus messiânicos, há também igrejas que se autodenominam evangélicas que abraçam essa heresia.
Tempos difíceis os nossos. Precisamos voltar para o estudo sistemático das escrituras e da tradição da igreja. Não há como desvincular a igreja de sua história. Estejamos atentos e repudiemos os ventos de doutrina.