30 junho 2009

Possíveis restos mortais do apóstolo Paulo foram encontrados no Vaticano



Informam as agências de notícias que, ao encerrar o ano paulino, no dia 28 de junho, o Vaticano anunciou que uma análise científica parcial no túmulo onde estão as relíquias de São Paulo revelou a presença de fragmentos de ossos humanos que pertenceriam ao apóstolo.Segundo o papa Bento 16, o sarcófago que está basílica de São Paulo Extramuros, que nunca fora aberto nestes quase 20 séculos, foi "recentemente objeto de uma análise científica atenta". Uma minúscula perfuração foi realizada para introduzir uma sonda especial que permitiu retirar do túmulo minúsculos fragmentos de ossos. Os testes com Carbono 14 demonstraram que pertenceram a uma pessoa que teria vivido entre o 1º e o 2º séculos.– Isto parece confirmar a tradição unânime de que se trataria dos restos mortais do apóstolo Paulo – afirmou o papa.A sonda também permitiu a descoberta "de restos de um precioso tecido de linho púrpura, com bordados em ouro, e de um tecido azul com filamentos de linho" assim como que "grânulos de incenso", informou.Segundo a tradição,o apóstolo Paulo morreu decapitado, no ano de 67, em Roma. Como sabemos pela Bíblia, ele descendia de uma família judaica de Tarso (Ásia Menor) e se converteu a fé cristã nascente após ter perseguido os primeiros adeptos. Depois disto, dedicou sua vida à evangelização dos "gentios" ao redor do mar Mediterrâneo.O cardeal Andrea Lanza di Montezemolo, arcipreste do templo, disse que "não há nenhuma dúvida de que o sarcófago encontrado sob a basílica de São Paulo é do apóstolo”.Em 2005, enquanto realizava outras tarefas de escavação sob a basílica, um grupo de arqueólogos encontrou o sarcófago. À época especulou-se que ali podiam estar os restos de São Paulo.Há dois meses, os arqueólogos -- liderados por Giorgio Filippi, membro da equipe de especialista dos museus do Vaticano - trouxeram finalmente à luz o sarcófago, que tinha ficado enterrado sob as camadas das diversas basílicas e edificações que durante anos foram se sobrepondo umas sobre as outras. Sobre o sepulcro que contém o sarcófago é possível ler a seguinte inscrição em latim “Paulo Apostolo Mart” (Pablo, apóstolo e mártir).

29 junho 2009

"Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias." Clarice Lispector.

25 junho 2009

Criada Nova Província Anglicana nos Estados Unidos

Com ampla cobertura da imprensa, a presença de 350 delegados clericais e leigos (e 450 observadores, convidados e jornalistas) foi criada, na cidade de Bedford, Texas, esta segunda-feira, dia 22 de junho, a Igreja Anglicana na América do Norte (ACNA), formada por Dioceses e Dioceses em formação dos Estados Unidos e Canadá. A nova Província reúne 700 Paróquias e cerca de 100.000 membros, de linha teológica e moral ortodoxa, separada da Igreja Episcopal (TEC) de linha liberal. Além de cultos, palestras e testemunhos, a Assembleia aprovou, no dia 22, a Constituição, com aplausos e o cântico da Doxologia: “A Deus Supremo”. A Igreja Católica Romana, a Igreja Luterana Sínodo de Missouri, algumas jurisdições anglicanas Continuantes e movimentos missionários enviarem representantes. Dois oradores de outras Igrejas foram convidados para falar ao auditório: o pastor batista Rick Warren e Metropolita Jonah, da Igreja Ortodoxa. Nessa quarta-feira, à noite, na Paróquia de Pleno, Texas, uma das maiores dos EUA será a investidura do Primaz, Revmo. Robert Duncan, Bispo da Diocese de Pittsburgh. A Assembleia Constitutiva foi precedida por uma reunião do Colégio dos Bispos. Também estão sendo instaladas as Comissões e Juntas (Missão, Administração, Finanças, Liturgia). Foi criado um movimento de juventude. Os Primazes e Bispos Diocesanos de outras Províncias, que tem supervisão sobre Paróquias norte-americanas assinaram dois documentos: a Ata de Fundação e a Transferência de Supervisão e Delegação de Jurisdição para o novo Primaz. Nos intervalos das sessões que aprovaram a Constituição e os Cânones, usaram da palavra representantes de várias Províncias, inclusive o Bispo do Recife, Dom Robinson Cavalcanti. A Assembleia de instalação da ACNA se encerrará na quinta-feira, dia 25 de junho. O Arcebispo de Cantuária, que havia recebido o Bispo Robert Duncan em Lambeth, e sugerido que o mesmo protocolasse um pedido formal de reconhecimento da nova Província, enviou um “representante pastoral pessoal”. A Nigéria e Uganda já reconheceram a Igreja Anglicana na América do Norte. Espera-se que o mesmo venha a acontecer com outras Províncias nos próximos meses. A criação da ACNA é o fato novo mais importante na história contemporânea do Anglicanismo, e com desdobramentos ainda imprevisíveis.Secretaria Diocesana Anglicana de Comunicação Social

17 junho 2009

Supremo derruba exigência do diploma para jornalistas

Por 8 a 1, o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou na quarta-feira, 17 de junho a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Só o ministro Marco Aurélio Mello votou pela manutenção do diploma.

O primeiro a votar foi o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, relator do caso. Mendes defendeu a extinção da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Na avaliação do presidente do STF, o decreto-lei 972/69, que estabelece que o diploma é necessário para o exercício da profissão de jornalista, não atende aos critérios da Constituição de 1988 para a regulamentação de profissões.

Mendes disse que o diploma para a profissão de jornalista não garante que não haverá danos irreparáveis ou prejudicar direitos alheios.

"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", disse.

O voto de Mendes foi seguido pelos ministros Carmen Lucia, Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Ayres Britto, Cezar Peluso, Ellen Gracie e Celso Mello.

"Esse decreto é mais um entulho do autoritarismo da ditadura militar que pretendia controlar as informações e afastar da redação dos veículos os intelectuais e pensadores que trabalhavam de forma isenta", disse Lewandowski.

Os ministros do STF aceitaram o recurso interposto pelo Sertesp (Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no Estado de São Paulo) e Ministério Público Federal contra a obrigatoriedade do diploma.

Em novembro de 2006, o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, havia decidido liminarmente pela garantia do exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área. Hoje, o plenário confirmou a decisão.

Argumentos

A advogada do Sertesp, Tais Gasparian, argumentou aos ministros que a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo é inconstitucional porque a Constituição de 1988 garante a liberdade de expressão e do livre pensamento. Ela disse ainda que a profissão de jornalista não depende de conhecimentos técnicos.

"A profissão não depende de um conhecimento técnico específico. A profissão de jornalista é desprovida de técnicas. É uma profissão intelectual ligada ao ramo do conhecimento humano, ligado ao domínio da linguagem, procedimentos vastos do campo do conhecimento humano, como o compromisso com a informação, a curiosidade. A obtenção dessas medidas não ocorre nos bancos de uma faculdade de jornalismo."

A advogada afirmou ainda que em outros países, como Estados Unidos, França Itália e Alemanha, não há a exigência do diploma. "Nos EUA, a maioria esmagadora dos jornalistas é formada em escola, mas nem por isso se obriga a exigência de diploma", afirmou.

Já o advogado da Fenaj, João Roberto Fontes, saiu em defesa do diploma. Ele disse que há a necessidade do diploma para garantir a boa prática do jornalismo. "A exigência do diploma não impede ninguém de escrever em jornal. Não é exigido diploma para escrever em jornal, mas para exercer em período integral a profissão de jornalista. O jornalismo já foi chamado de quarto Poder da República. Será que não é necessário o conhecimento específico para ter poder desta envergadura? Um artigo escrito por um inepto poderá ter um efeito devastador e transformar leitores em vítimas da má informação", afirmou.

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, por sua vez, disse que a obrigatoriedade do diploma pode prejudicar a informação do leitor.

"Não se pode fechar os olhos para o fato de que jornalismo é uma atividade multidisciplinar e que muitas notícias e artigos são prejudicados porque são produzidos apenas por um jornalista especialista em ser jornalista, sendo que em muitos casos essa informação poderia ter sido produzida por um jornalista com outras formações, com formação específica em medicina, em botânica, com grande formação acadêmica, mas que não pode exercer o jornalismo porque não tem diploma. Não se pode desprezar esse contexto", disse.

Lei de Imprensa

No final de abril, o Supremo decidiu revogar a Lei de Imprensa, criada no regime militar. Com isso, os jornalistas e os meios de comunicação serão processados e julgados com base nos artigos da Constituição Federal e dos Códigos Civil e Penal.

Nos crimes contra a honra --calúnia, injúria e difamação--, o julgamento será feito com base no Código Penal, que tem punição mais branda que a Lei de Imprensa. Já os pedidos de indenização por danos morais e materiais serão julgados com base no Código Civil.

O direito de resposta, segundo o ministro do STF Menezes de Direito, não precisa de regulação pois já está previsto na Constituição, em seu artigo 5.

Já o presidente do STF, Gilmar Mendes, defendeu uma norma específica para tratar do direito de resposta. 'Não basta que a resposta seja no mesmo tempo, mas isso tem que ser normatizado. Vamos criar um vácuo? Esse é o único instrumento de defesa do cidadão.'

Sem essa norma específica, os juízes decidirão sobre o direito à resposta, seu tamanho e forma de publicação.

MÁRCIO FALCÃO da FolhaOnline, em Brasília

13 junho 2009

Cristianismo/Anglicanismo e o Programa do Jô

Sempre que consigo e quando há algo interessante, gosto de assistir o programa do JÔ. Portanto assisti nesses dias uma entrevista do Rev. Anglicano Aldo Quintão pároco da catedral anglicana de São Paulo e conhecido como o Reverendo casamenteiro. Conheci o citado Reverendo rapidamente faz alguns anos e me surpreendi com sua performance na entrevista do Jô. Eu explico:Lamentavelmente tenho que dizer que as informações dadas pelo citado reverendo não são de todo verdadeiras e colaboram com a desinformação sobre esse ramo do cristianismo. Para esclarecer coloco apenas algumas informações :A Igreja Anglicana, não defende, nem aceita o homossexualismo como algo dentro da normalidade de comportamento. Cito a resolução da Conferência de Lambeth de 1988, ainda válida e que diz a posição oficial dessa denominação cristã.Resolução I.10 Conferência de Lambeth 1998 sobre Sexualidade HumanaEsta Conferência:
Recomenda para a Igreja o relatório de subseção sobre a sexualidade humana1. Devido ao ensino das Escrituras, apóia a fidelidade no matrimonio entre um homem e uma mulher em união vitalícia, e acredita que a abstinência é correta para aqueles que não são chamados a viver a vida matrimonial; 2. Reconhece que há entre os seres humanos pessoas que têm uma orientação homossexual. Muitos destes são membros de igrejas e estão buscando o cuidado pastoral, e a direção moral da Igreja, e Deus em Seu poder está transformando suas vidas e ordenando suas relações. Nós nos comprometemos a escutar à experiência destas pessoas desejamos assegurar que elas sejam amadas por Deus. ..... 3. Enquanto rejeitamos a prática homossexual como incompatível com as Escrituras, conclamamos todos a ministrar pastoralmente e sensivelmente a todos independente de sua orientação sexual e condenamos o medo irracional de homossexuais, violência dentro do matrimonio e qualquer maneira trivial de tratar ou comercializar a sexualidade humana;(e) Não podemos aconselhar, legitimar ou abençoar as uniões do mesmo sexo. Nem a ordenação destes que se envolvem neste tipo de união.;(g) Denotamos .....a autoridade de Escritura em assuntos de matrimonio e sexualidade......Está claro que a igreja acolhe qualquer pessoa, mas está também claro que isso não significa que concorda com o seu estilo de vida.Sou pastor anglicano em Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife), e nossa Paróquia é hoje a maior igreja Anglicana da América Latina em números, inserção, atividades e ministérios. Temos recebido pastoralmente pessoas de diferente estilos de vida e opção sexual, mas os encaminhamos na direção da transformação de suas vidas pelo poder de Jesus Cristo, e isso tem acontecido com frequência.Ninguém pode ser considerado “Um Anglicano” porque aceita homossexuais sem distinção e porque crê na misericórdia etc.. Ser um anglicano é crer em Jesus Cristo como único Senhor e Salvador. Associado a isso, ser um anglicano é ser um cristão bíblico e ao mesmo tempo contemporâneo, atento ao que ocorre no tempo e no espaço e pronto para interferir no processo da justiça, da misericórdia, dos valores cristãos.Respeito as opiniões pessoais do Rev Aldo, seu profícuo trabalho social, e a de quem quer que seja, respeito as opções de qualquer pessoa, mas não posso abrir mão das Escrituras e de todas as suas implicações na vida do ser humano ontem , hoje eternamente.
Rev. Miguel Uchoa - Clérigo Anglicano - Diocese do Recife (Comunhão Anglicana)

05 junho 2009

SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!

Ser ou não ser, eis a questão! Esta expressão foi cunhada pelo dramaturgo e poeta Willian Shakespeare em sua obra mais famosa chamada Hamlet. Hoje a mesma pergunta se faz necessária no contexto evangélico brasileiro. Ser ou não ser evangélico, eis a questão! (To be, or not to be that is the question!).
Para início de conversa é bom saber que ser evangélico em nossos dias nem sempre quer dizer ser um cristão autêntico. Tem muita gente enganada por ai, achando que só pelo fato de seu nome constar no rol de membros de determinada igreja ou denominação está salva!
A Igreja do Senhor Jesus nasceu em Jerusalém e se expandiu por toda a Palestina, atravessando fronteiras e chegando à Europa. Depois, varou os continentes e mares e hoje está em praticamente todo o mundo! Isto reforça seu caráter (católico) universal, livre de etnias e aberta a todos os que quiserem receber a palavra da salvação. A princípio a salvação era para os judeus, mas com sua rejeição de Cristo e a conversão do apóstolo Paulo, os gentios foram alcançados com a pregação do evangelho da graça de Deus!
Chegou o tempo de romper com as estruturas exclusivistas de alguns grupos evangélicos. Infelizmente em nosso meio existem àqueles que pensam que só eles vão para o Céu, que só eles têm a verdade e que só eles recebem as bênçãos do Senhor!
Deus não está preso aos paradigmas humanos. As denominações são invenções humanas os rótulos não foram criados por Deus, aliás, na Igreja Primitiva, não havia sequer templos. Os cristãos se reuniam nas casas e isso perdurou até por volta do ano 300 depois de Cristo!
Hoje igrejas de todos os matizes e para todos os gostos surgem em cada esquina. Basta um pastor se desentender com seu líder e ele logo “funda” uma nova “igreja”. Congregações com os nomes mais bizarros possíveis fazem parte do panteão evangélico e não ficam só no nome, suas doutrinas muitas vezes também são bizarras e beiram à heresia!
Está na hora da Igreja Evangélica Brasileira se colocar na sociedade como serva de Deus e parar com as meninices espirituais. Ela deve deixar de lado os modismos que circundam os altares evangélicos e abraçar a sã doutrina de maneira mais comprometida. A igreja deve ser profética e denunciadora do pecado social da nação. Foi assim que agiram os profetas e foi assim que agiu Jesus no seu tempo. E, portanto, é assim que a igreja deve agir!
Chegou o momento em que a Igreja Evangélica precisa tomar uma atitude mais firme com relação à pedofilia, ao desmantelamento da família enquanto instituição projetada por Deus, também se posicionar com relação ao aborto, eutanásia, meio ambiente e muitos outros temas em que ela covardemente se omite, salvo alguns poucos profetas de Deus que tem a coragem de enfrentar essas questões.
Irmãos vamos lutar contra a corrupção, contra a violência e contra a picaretagem religiosa que está tomando conta de muitos púlpitos no Brasil.
Um forte abraço a todos!