23 março 2009

O QUADRILÁTERO DE CHICAGO - LAMBETH

O Quadrilátero de Chicago - Lambeth (1886 - 1888) que delimita os quatro pontos essenciais da unidade evidenciadas pela indivisível Igreja Católica durante os primeiros onze séculos de sua existência.
Estes pontos são:1. As Sagradas Escrituras (Antigo e o Novo Testamentos) são a revelação de Deus contendo todas as coisas necessárias à salvação, sendo a regra e o padrão de fé.2. O Credo Apostólico como símbolo batismal e o Credo Niceno como testemunho suficiente da fé cristã.3. Os dois Sacramentos ordenados por Cristo, Batismo e a Ceia do Senhor, ministrada pela infalível palavra de instituição e os elementos ordenados por Ele.4. O episcopado histórico, localmente adaptado, nos métodos de sua administração para as várias necessidades das nações e povos chamados por Deus na unidade de sua Igreja.

21 março 2009

Os homens jamais fazem o mal tão completamente e com tanta alegria como quando o fazem a partir de uma convicção religiosa.
Blaise Pascal

17 março 2009

Nudismo evangélico. Pode?

Como Adão e Eva no Paraíso: Integrantes de igrejas evangélicas descobrem que o naturismo também é uma forma de comunhão com Deus e vão à praia nus. O catarinense Estevão gosta de orar nu para se sentir mais próximo da natureza. Ele já foi expulso de uma igreja

Um paraíso ecológico, nenhuma roupa e... a Bíblia Sagrada.

Pode parecer contraditório, mas naturismo também é coisa de crente. Isso mesmo: no Rio, até mesmo pastores evangélicos se bronzeiam como vieram ao mundo nas praias freqüentadas por nudistas. Membro de tradicional igreja evangélica há sete anos e naturista há 15, o comerciante Carlos Moreira, 44 anos, é um dos que defendem que não há barreiras entre a religião e o nu. “O pecado não está no corpo despido, mas, sim, na malícia das pessoas. Meu coração é puro”, argumenta. A comunhão entre Deus e nudismo custou caro ao arquiteto curitibano Estevão Prestes, 31 anos. Evangélico há 14 anos e freqüentador da Praia do Pinho (Santa Catarina) há três, ele foi expulso da Igreja do Evangelho Quadrangular, da qual foi professor da escola dominical.“Quando meus hábitos foram descobertos, fui chamado pelos pastores a um conselho. Houve a leitura de acusação formal de comportamento imoral”, conta Estevão, que hoje é membro da Igreja Presbiteriana. “Não escondo que sou naturista, mas também não ando com crachá. Os que sabem, me aceitam”, garante. Estevão gosta de orar sozinho na praia e de ler a Bíblia – nu, é claro: “A vivência naturista me aproxima da espiritualidade. Tenho momentos de comunhão com a natureza, com Deus e o com próximo”, justifica.

Pastora pentecostal também pratica nudismo

O nudismo evangélico é uma idéia e é tão inovadora, que muitos preferem o anonimato, como a líder de instituição pentescostal há 15 anos, Márcia, 48 anos, que trocou o nome para não ser reconhecida por seus fiéis. A pastora se converteu ao naturismo há três anos, após visitar a Praia Olho de Boi, em Búzios. “Me encantei com o respeito e a pureza. Ser naturista é estar em contato pleno com o Senhor”, defende ela, que visita sítios de lazer e já frequentou a Praia do Abricó, no Recreio, interditada ao nudismo por força de liminar. Márcia diz ter aprendido que o naturismo não tem conotação sensual. “Vemos a nudez com olhos do espírito, sem malícia”, ensina a pastora, que lamenta o preconceito que enfrenta. “A igreja evangélica está recheada de dogmas e tabus. Somos tolhidos de vermos o mundo como é. Não poderia abrir minhas opiniões aos fiéis. Causaria grande rebelião”, pondera a pastora naturista. Ela também compartilha a palavra de Deus com amigos em recantos de nudismo. “Certa vez, uma irmã estava com sérios problemas e prestei favores espirituais para ela ali mesmo, em um sítio de convívio naturista”, recorda. Para a grande maioria dos pastores evangélicos, entretanto, a idéia é inaceitável. “Isso é um escândalo. É a falta do conhecimento da Palavra. Não tenho pessoas com esta conduta na minha igreja. Aqui, não há espaço”, avisa o pastor Manoel da Silva, da Igreja Batista em Renovação Espiritual Nova Jerusalém.

Argumentos saídos do Livro Sagrado

Conta a Bíblia Sagrada que, ao comerem o fruto proibido, Adão e Eva tiveram consciência do bem e do mal e cobriram os corpos nus com vergonha do Criador. Em tempos modernos, a passagem do livro Gênesis é usada por evangélicos para condenar ou defender a prática do naturismo. Com interpretações diferentes da escritura, muitos crentes se cobrem dos pés à cabeça ou tiram a roupa nas praias e áreas de nudismo.“A nudez não era rejeitada até o Pecado. O naturismo leva as pessoas ao estágio original de inocência, a reviver a Criação”, justifica a pastora naturista Márcia. Coordenador da Igreja Sara Nossa Terra no Rio, o bispo Francisco Almeida tem outra visão. “O nu só foi possível enquanto não havia maldade no coração do homem. A partir do pecado, os patriarcas foram ensinados por Deus a se cobrir e a passar este princípio para a s gerações”, considera.Vice-presidente da 2ª Igreja Batista de Rocha Miranda, o pastor Odalírio Luis da Costa concorda. “Provar o fruto proibido agregou a Adão e Eva a malícia. Falta consciência bíblica aos nudistas”, afirma. Para a pastora Suzana Viana, da Igreja Metodista do Brasil, o nu não é pecado, mas agride a consciência do próximo. “Temos que respeitar a comunidade, como Deus ensina”, avalia. Depoimentos:‘Pureza não está ligada às roupas’Há muitos evangélicos naturistas no Brasil. A pureza da alma não está ligada às roupas. Considero o naturismo uma visão da Criação. As pessoas ainda têm preconceito contra o nu porque falta esclarecimento. Sempre fui atuante na Igreja e não esperava ser excluído de minhas atividades de uma maneira tão desagradável. Mas a religião não deixou de estar no meu dia-a-dia. Converso com Deus seja onde for. Não escondo que sou naturista. Não tenho do que me envergonhar. Estevão Prestes, 31 anos, arquiteto ‘Não me considero um pecador’Na minha vida, o naturismo antecedeu a religião. Fico nu há 15 anos, desde que fui à Praia de Trancoso, na Bahia. Já freqüentei Abricó e gosto da Praia Olho de Boi. Há sete anos, eu me tornei evangélico. Não me considero um pecador por ainda buscar praias de nudismo. Onde está na palavra de Deus que é proibido ficar nu? Temos o espírito livre e puro. O que dizer do Carnaval, então? E das revistas de mulheres ou homens pelados? Nós temos uma filosofia de vida: a do respeito ao próximo.Carlos Moreira, 44 anos, comercianteNudistas evangélicos buscam paraísos ecológicos pelo país * Não é só no Rio que os evangélicos estão deixando de lado as indumentárias mais do que comportadas. Considerada um paraíso naturista, a Praia de tambaba, em João Pessoa, Paraíba, reúne entre seus freqüentadores um grupo de pelo menos 15 cristãos, segundo o ex-presidente da Sociedade Naturista de Tambaba Nelci ROnes Pereira de Sousa, 47 anos. Nascido em família evangélica, Nelci é naturista há mais de 20 anos. "Detesto roupas, o que não quer dizer que eu não tenha Deus no coração. Imoral é o que se faz de sujo com o corpo", defende ele, que está afastado da Igreja Batista há 10 anos. "Não sofri nenhuma crítica. É pura falta de tempo mesmo", diz o programador de computadores. Já o aposentado Carlos Antonio Pereira de Moraes, 52 anos, deixou os cultos por se sentir "incomodado com o conservadorismo e o fanatismo": "Optei pelo naturismo e sou livre. Ser cristão é pregar o Evangelho onde for".

Fonte: http://www.ultimahoranews.com/not_ler.asp?codigo=88999

15 março 2009

Bispo que excomungou médicos, gosta mesmo é de holofotes!

O presidente da Academia Pontifícia para a Vida, arcebispo Rino Fisichella criticou a decisão de excomungar a mãe da menina pernambucana de 9 anos que interrompeu uma gravidez de gêmeos, fruto da violência sexual de seu padastro, e toda a equipe médica que atendeu a jovem, em um artigo de que é publicado hoje pelo jornal Osservatore Romano. "Antes de pensar em uma excomunhão, era necessário e urgente salvaguardar a vida inocente (da menina) para levá-la a um nível de humanidade no qual os homens da igreja deveriam ser os especialistas e mestres".


E O OBSERVATORE ROMANO DIZ:

Vaticano critica excomunhão no caso de aborto no Brasil
Para colaborador de Bento XVI, decisão de arcebispo de Olinda e Recife foi apressada
ROMA - Em
artigo publicado pelo jornal da Santa Sé, o Osservatore Romano, neste sábado, o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, Monsenhor Rino Fisichella afirma que os médicos que praticaram o aborto na menina de 9 anos, grávida de gêmeos após ter sido estuprada pelo padrasto, não mereciam a excomunhão (GRIFO NOSSO).
"São outros que merecem a excomunhão e nosso perdão, não os que lhe permitiram viver e a ajudarão a recuperar a esperança e a confiança, apesar da presença do mal e da maldade de muitos", escreve Monsenhor Rino Fisichella, um dos mais próximos colaboradores do papa Bento 16 e maior autoridade do Vaticano em bioética. (GRIFO NOSSO) Na avaliação do prelado, o arcebispo de Recife e Olinda, José Cardoso Sobrinho, foi apressado e deveria ter se preocupado primeiro com a menina. "O caso ganhou as páginas dos jornais somente porque o arcebispo de Olinda e Recife se apressou em declarar a excomunhão para os médicos que a ajudaram a interromper a gravidez. Uma história de violência que, infelizmente, teria passado despercebida se não fosse pelo alvoroço e pelas reações provocadas pelo gesto do bispo."Segundo Monsenhor Fisichella, o anúncio da excomunhão por parte de D. Jose Cardoso Sobrinho colocou em risco a credibilidade da Igreja Católica. "Era mais urgente salvaguardar a vida inocente e trazê-la para um nível de humanidade, coisa em que nós, homens de igreja, devemos ser mestres. Assim não foi e infelizmente a credibilidade de nosso ensinamento está em risco, pois parece insensível e sem misericórdia", escreve o bispo. Na avaliação do prelado, a pratica do aborto neste caso não teria sido suficiente para dar um parecer que "pesa como um machado", porque houve uma contraposição entre vida e morte. Ele reconhece que, devido à idade e às precárias condições de saúde, a menina corria serio risco de vida por causa da gravidez. E justifica os médicos, que em sua opinião, merecem respeito profissional. "Como agir nesses casos? É uma decisão difícil para os médicos e para a própria lei moral. Não é possível dar parecer negativo sem considerar que a escolha de salvar uma vida, sabendo que se coloca em risco uma outra, nunca é fácil. Ninguém chega a uma decisão dessas facilmente, é injusto e ofensivo somente pensar nisso." De acordo com o presidente da Academia Pontifícia para a Vida, segundo a moral católica a defesa da vida humana desde sua concepção è um principio imprescindível. O aborto não espontâneo sempre foi e continua sendo condenado com a excomunhão, que é automática. "Não era, portanto, necessária tanta urgência em dar publicidade e declarar um fato que se atua de forma automática, mas sim um gesto de misericórdia."
BBC Brasil

05 março 2009

Arnaldo Jabor condena excomunhão feita pelo arcebispo de Olinda

Lá do fundo da Idade Média, esse arcebispo declarou: “A lei de Deus está acima de qualquer lei humana”. Mas quem fez as leis de Deus senão homens, como bispos e papas? Foi uma lei de Deus quando queimaram mulheres vivas como a santa Joana D’Arc? Esse pensamento dogmático, inquisitorial, só afasta a Igreja Católica do mundo moderno.
Nós tivemos papas progressistas e bons, como João XXIII e João Paulo II, que era conservador, mas amava os desvalidos. Logo agora, que a história está tão cruel, agora que os homens precisam de uma religião protetora, agora que precisávamos da doçura da Igreja, temos os olhos frios de Bento XVI. Daí o sucesso de exploradores dos pobres como tantos bancos de dízimos, os supermercados da fé. A Igreja é contra anticoncepcionais, é contra o homossexualismo, é desatenta para tantos casos de pedofilia que surgiram entre padres, assim como foi vacilante no caso daquele bispo que disse outro dia que não houve holocausto de judeus.
Os excomungados de Olinda não devem ter medo. Deus está vendo e está com eles. Certamente não está com esse inquisidor, o arcebispo José Cardoso Sobrinho.

03 março 2009

UM APELO AOS EVANGÉLICOS

PRÓLOGO
Em cada época o Espírito Santo chama a Igreja a examinar sua fé na revelação de Deus na Escritura. Nós reconhecemos com gratidão a bênção de Deus através do ressurgimento evangélico na Igreja. Todavia, a cada época de crescimento, devemos estar alerta para as nossas fraquezas. Entendemos que hoje os evangélicos estão impossibilitados de alcançar completa maturidade como conseqüência do reducionismo de sua fé histórica. Há uma necessidade de refletir na substância da fé bíblica e histórica e de recuperar a totalidade de sua herança. Sem pretender contemplar todas as nossas necessidades, identificamos oito temas nos quais, nós cristãos evangélicos, devemos fazer cuidadosas considerações teológicas:
UM APELO À CONTINUIDADE DAS RAÍZES HISTÓRICAS Confessamos que freqüentemente temos nos esvaziado das abundantes riquezas de nossa herança cristã, fruto de uma postura na qual acredita-se que a obra do Espírito Santo e o testemunho das Escrituras estão desconectados com o passado. Agindo assim, tornamo-nos teologicamente rasos, espiritualmente fracos, e ao mesmo tempo encobrimos o que Deus fez aos que nos antecederam na fé e valorizamos nossa cultura em detrimento da obra divina. Assim, conclamamos os evangélicos a uma redescoberta de nossa completa herança cristã. Através da história da Igreja existe um impulso evangélico para proclamar a imerecida graça de Deus e a reforma da Igreja de acordo com as Escrituras. Este impulso aparece nas doutrinas dos concílios ecumênicos, na piedade dos pais da Igreja, na teologia agostiniana da graça, no zelo dos reformadores monásticos, na devoção dos místicos e na integridade intelectual dos humanistas cristãos. Ela floresce na fidelidade bíblica dos reformadores protestantes, continua nos esforços dos puritanos e piedosos para complementar e aperfeiçoar a Reforma; é reafirmada nos esforços dos movimentos de avivamento dos séculos 18 e 19 que uniram luteranos, reformados, wesleyanos e outros evangélicos no esforço ecumênico para renovar a igreja e estender sua missão na proclamação e na demonstração social do Evangelho.
UM APELO À FIDELIDADE BÍBLICA Lamentamos nossa tendência para a interpretação individualista da Bíblia. Isto corta pela raiz o caráter objetivo da revelação bíblica, e nega a orientação do Espírito Santo no pensar teológico dos antigos. Afirmamos que as Escrituras são a infalível Palavra de Deus, a base da autoridade da Igreja. Afirmamos que Deus usa as Escrituras para julgar e purificar seu Corpo. A Igreja iluminada e guiada pelo Espírito Santo deve interpretar, proclamar e viver as Escrituras.
UM APELO À IDENTIDADE CREDAL Lamentamos os dois extremos: de um lado uma igreja credal que somente recita uma fé herdada do passado, e de outro, uma igreja de credos que adoece em um vazio doutrinal. Confessamos que, como evangélicos, não somos imunes a estes defeitos. Afirmamos a necessidade, no tempo atual, de uma Igreja que confesse, que dê testemunho de sua fé ao mundo, mesmo sob perseguição. Em todos os tempos a Igreja deve atestar sua fé contra heresias e paganismo. O que é necessário é uma vibrante confissão exclusiva e inclusiva, cujo objetivo é a purificação da fé e da prática. A autoridade confessional é limitada e derivada da autoridade das Escrituras. A Igreja necessita expressar sua fé, sem abdicar das verdades aprendidas no passado. Precisamos articular nosso testemunho contra as idolatrias e as falsas ideologias de nossos dias.
UM APELO À SALVAÇÃO HOLÍSTICA Lamentamos a tendência dos evangélicos para entender a salvação unicamente como individual e espiritual, ignorando as necessidades físicas do mundo e os aspectos seculares da salvação de Deus na história. Incitamos os evangélicos a resgatar a visão holística da salvação. O testemunho das Escrituras é que, devido ao pecado, nosso relacionamento com Deus, conosco mesmos, com o próximo e com a criação, foi rompido. Através do sacrifício de Cristo na cruz, foi possível refazer este relacionamento. Onde a Igreja tem sido fiel a este chamado, tem proclamado a salvação pessoal, tem sido um canal da cura divina aos necessitados físicos e emocionais; tem procurado justiça para os oprimidos e abandonados. Como evangélicos, desculpamo-nos por nossa freqüente falha em refletir esta visão holística da salvação. Assim, chamamos a Igreja a participar dessa atividade salvadora de Deus através da prática e da oração, lutando por justiça e liberdade aos oprimidos, sem perder de vista a salvação no novo céu e nova terra escatológica.
UM APELO À INTEGRIDADE SACRAMENTAL Depreciamos a pobreza da visão sacramental entre os evangélicos. Em grande parte, isso se deve à perda de nossa continuidade com o ensino de muitos dos pais e reformadores, resultando na deterioração da vida sacramental em nossas igrejas. Também a negligência em refletir sobre a o aspecto sacramental da ação de Deus no mundo nos leva a desconsiderar a santidade do viver diário. Conclamamos os evangélicos a tomar consciência das implicações da criação e da encarnação. Necessitamos reconhecer que a graça de Deus é medida através da fé, por obra do Espírito Santo de um modo extraordinário nos sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor. Aqui a igreja proclama, celebra e participa da morte e da ressurreição de Cristo, de modo a alimentar seus membros em suas vidas em antecipação e comunicação do seu reino.
UM APELO À ESPIRITUALIDADE Nós sofremos de uma negligência de espiritualidade autêntica por um lado, e um excesso de espiritualidade indisciplinada por outro lado. Temos com freqüência procurado uma religiosidade sobre-humana, quando o modelo bíblico nos fala de uma verdadeira humanidade liberta da escravidão do pecado e renovada pelo poder do Espírito Santo. Conclamamos os evangélicos à busca de uma espiritualidade que encarne todo o conteúdo redentor de Cristo: libertação da culpa, do poder do pecado e vida nova através da ação do Espírito Santo. Afirmamos a centralidade da palavra de Deus como meio pelo qual seu Espírito age para renovar a igreja quer como corpo quer individualmente na vida dos crentes. A verdadeira espiritualidade se identifica com o sofrimento do mundo e o cultivo da piedade pessoal. Precisamos redescobrir as fontes devocionais da igreja, incluindo as tradições evangélicas da piedade e do puritanismo. Conclamamos os evangélicos a uma prática devocional que aprofunde nossa relação com Cristo e com outros cristãos. Entre essas fontes, estão disciplinas espirituais como oração, meditação, silêncio, jejum e estudo bíblico.
UM APELO À AUTORIDADE DA IGREJA Lamentamos nossa desobediência ao senhorio de Cristo como expresso na autoridade que ele tem dado à sua Igreja. Isto tem promovido um espírito de autonomia nas pessoas e grupos que resulta em isolacionismo, competição e anarquia dentro do corpo de Cristo. Lamentamos essa ausência de autoridade eclesiástica que possibilita o surgimento tanto de lideranças legalistas por um lado, como, de outro, a indisciplina. Todos os cristãos estão em submissão uns aos outros, subordinados coletivamente a uma liderança constituída, que por sua vez está submetida a Cristo. A igreja, como povo de Deus, é a presença de Cristo no mundo. Cada cristão deve ser ativo no culto e no serviço através do exercício de dons e ministérios. Na igreja, estamos em união vital com Cristo e com o próximo. Isto evidencia uma comunidade com profundo envolvimento e compromisso de tempo, energias e bens. Além disso, a disciplina na igreja está baseada na Bíblia e sob a direção do Espírito Santo. Isto é essencial para o bem-estar e ministério do povo de Deus.
UM APELO À UNIDADE DA IGREJA Lamentamos o isolamento escandaloso e a separação entre os cristãos. Acreditamos que tal divisão é contrária ao desejo de Cristo para que sejamos um a fim de que o mundo creia em nosso testemunho. O evangelicalismo também é historicamente caracterizado por um uma mentalidade sectária. Falhamos em não assumir a catolicidade do cristianismo histórico, como também a amplitude da revelação bíblica. Encorajamos os evangélicos ao retorno do conceito ecumênico dos reformadores e dos recentes movimentos de renovação evangélica. Devemos rever criticamente nossas tradições, reconhecer que Deus trabalha dentro de várias correntes históricas. Devemos resistir aos esforços de se promover a união a qualquer custo, como também evitar os conceitos espiritualizados de união de igrejas. Estamos convencidos de que a unidade em Cristo requer expressões definidas e concretas. Nesta crença, apreciamos o desenvolvimento de encontros e cooperações dentro da igreja de Cristo. Enquanto evitamos o indiferentismo doutrinário, encorajamos o aumento de discussões e cooperação, dentro e fora de suas respectivas tradições, procurando áreas comuns de concordância e entendimento.

EUA - Maio de 1977

01 março 2009

"Sou Evangélico porque creio no Evangelho; Sou católico porque creio na Igreja"
(Revmo. Michael Nazir-Ali, Bispo Anglicano de Rochester).