19 agosto 2009

REDE GLOBO X RECORD

Todo mundo está acompanhando pela tv e pelos jornais a guerra acirrada entre a Rede Globo e a Rede Record de televisão. Acusações daqui, injúrias dali e a coisa vai tomando formas que cheiram a baixaria!
Mas é bom que os evangélicos não se iludam nessa briga de cachorro grande. Nas palavras do próprio Edir Macedo em sua última entrevista no Repórter Record onde ele diz para a repórter no elevador de sua igreja em Miami: “Ninguém chuta cachorro morto.”
A briga entre as duas emissoras não tem nada de religioso e muito menos de santo! Não pensem que a Globo está perseguindo os evangélicos, até porque a Igreja Universal do Reino de Deus não é historicamente e nem teologicamente uma igreja evangélica. A briga é por audiência!!! E trocando em miúdos por dinheiro, marca característica das duas organizações, isso pra não dizer das três!
Esta semana a Igreja Universal, depois de ter sido denunciada pela Revista Veja e pela Globo de que ela está enchendo os bolsos da Record com o dinheiro dos fiéis, ofereceu à Globo a bagatela de mais de 500 milhões de reais para comprar horários em sua grade. A Globo, como era de se esperar, recusou.
Bem, cifras astronômicas de dinheiro, denúncias de todos os lados e muita roupa suja lavada no ar e em horário nobre. Tudo isso só serve para uma coisa: Mostrar o nível em que caminham as igrejas envolvidas com a heresia da Teologia da Prosperidade (pra não dizer teologia da ganância).
Esta briga não tem nada a ver com os evangélicos e muito menos com o povo de Deus!

Rev. Haroldo Mendes+

11 agosto 2009

Gilmar Mendes critica ação do MPF contra símbolos religiosos

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, disse nesta terça-feira considerar um exagero a ação do Ministério Público Federal (MPF) que pede a retirada de símbolos religiosos de repartições públicas federais no Estado.

"Tomara que não mandem derrubar o Cristo Redentor", ironizou o ministro, antes de participar de uma banca de doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Ao se referir à ação civil pública com pedido de liminar da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, ajuizada no último dia 31 de julho, o ministro afirmou que o MPF tem "muito mais coisa para fazer" antes de se preocupar com essa temática.

"Se nós olharmos sob a perspectiva do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por exemplo, há presídios lotados, falta de respeito aos direitos humanos, uma série de questões que não são respeitadas, falta mesmo de atenção, processos prescrevendo no Ministério Público. Eu diria que há muito mais coisa para se fazer que cuidar desse tipo de assunto", declarou.

O presidente do STF reconheceu que o tema dos símbolos religiosos tem gerado debates jurídicos em todo o mundo, mas reiterou que a questão está cercada de exageros. "Se aprofundarmos essa discussão e formos radicais, vamos rever o calendário? Nós estamos agora no ano de 2009, que significa 2009 anos depois de Cristo. Vamos colocar isso em xeque? O próprio calendário, o sábado, o domingo, será revisto? A Páscoa, o Natal?", questionou. "Muito daquilo que se diz que é algo religioso, uma expressão de símbolo religioso, na verdade é uma expressão da civilização ocidental cristã", opinou.

04 agosto 2009

Arcebispo de Cantuária Escreve Sobre as Decisões da Igreja Episcopal (dos EUA)

O Serviço de Notícias da Comunhão Anglicana (ACNS) divulgou, em 28.07.2009, o documento denominado “Comunhão, Pacto e o Nosso Futuro Anglicano”, com 26 parágrafos, e o subtítulo: “Reflexões sobre a Convenção Geral da Igreja Episcopal, de 2009, pelo Arcebispo de Cantuária para os Bispos, Clérigos e Fiéis da Comunhão Anglicana”. No texto, o Arcebispo de Cantuária faz referência às Resoluções dos episcopais norte-americanos de aprovar a Ordenação de clérigos homossexuais praticantes às três Ordens (Diáconos, Presbíteros e Bispos) e de autorizar a redação de ritos para a união de pessoas do mesmo sexo. Embora aquela Convenção Geral tenha reiterado o seu desejo de permanecer no interior da Comunhão Anglicana, e que as referidas resoluções eram apenas “descritivas” e não “normativas”, o fato é que já havia antes uma forte tensão entre a Província dos EUA e as demais Províncias, e que, mesmo com essas ressalvas, o fato é que essas tensões apenas se agravaram. Para Rowan Williams, os episcopais norte-americanos não podem ignorar, em uma perspectiva ecumênica, o conjunto da Cristandade, e, muito menos, o conjunto da Comunhão Anglicana, e que essa pertença não pode se dar com uma autonomia absoluta de cada Província, mas sob o princípio da mutualidade. O Arcebispo de Cantuária diz que o que está em jogo não é uma questão de direitos civis, ou da dignidade da pessoa dos homossexuais, ou a sua inclusão na Igreja, mas a ruptura com a herança apostólica e o consenso dos fiéis em termos de não se aceitar alguma equivalência das uniões homoeróticas ao casamento, e, muito menos, a adoção desse estilo de vida para os lideres ordenados. Rowan Williams reconhece a gravidade da situação, e as tendências à descentralização ou ao centralismo, e que ele espera que as Províncias subscrevam o Pacto Anglicano, mas, se algumas não o fizerem, o que poderia acontecer? Provavelmente uma profunda alteração na natureza dessa Comunhão, com um novo modelo, de “dois trilhos”, ou “duas expressões”: os que subscreverem e os que não subscreverem o Pacto, com níveis diferentes de relacionamento entre si, o que leva a inquietação sobre a possível conflitividade entre ambos os grupos. Em suma: o Arcebispo de Cantuária reconhece que a Igreja Episcopal (dos EUA) é responsável pela atual crise, que há um ensino histórico adotado pela Comunhão Anglicana sobre a Sexualidade Humana, que a questão central não é de direitos civis, dignidade ou membresia, mas de ruptura com essa crença e com os que continuam a assim crer, que isso vai afetar o futuro do desenho institucional da Comunhão, e que, a partir da assinatura ou não do Pacto, vamos conviver (e como?) com duas expressões de Anglicanismo.

Fonte: Anglican Communion News Service