Estamos em aperto por
todos os lados. A Igreja Cristã está numa encruzilhada tremenda e se não tomar
uma posição firme corre sério risco de cair numa crise sem precedentes.
Vou explicar melhor.
Fomos invadidos por uma onda de misticismo e de barganhas com Deus de maneira
tal que me deixa extremamente preocupado.
As igrejas
neopentecostais são verdadeiras feiras ou mercados de quinquilharias
supostamente evangélicas. Além disso, prometem o Céu e cura para todos os
males, desde espinhela caída até amor traído. E não obstante tudo isso ainda há
a chamada Teologia da Prosperidade que promete mundos e fundos, mas que no
frigir dos ovos só enriquece mesmo seus pregadores televisivos ou não!
Bem, esse é um dos
lados da moeda. Mas tem outro!
Como se não bastasse a
bizarrice dos neopentecostais está surgindo e com veemência, outra onda a saltar no meio evangélico. É o
neojudaísmo. Mais conhecido como judaísmo messiânico. Esses, ao modo dos
ebionitas do ano 150, (seita judaizante da era pós apostólica) também querem
impingir à Igreja do Senhor costumes judaicos e o estrito cumprimento da lei
mosaica. Eles “guardam” o sábado, seguem regras rígidas de alimentação, evitam
alimentos que o Velho Testamento condena e se apegam às festas judaicas,
dizendo que a Igreja Cristã precisa celebrar as festas bíblicas.
Mas a questão maior
está em que esses neojudeus têm sérios problemas de ordem teológica. Muitos
deles sutilmente negam a divindade de Cristo e a doutrina da Trindade. Se são
judeus como afirmam não aceitam que Deus
seja mais de uma pessoa, logo, o Messias não é Deus, mas tão somente o Filho de
Deus Salvador. Esta é a mesma doutrina de um homem chamado Ário. Vejamos o que
ensinava o presbítero de Alexandria Ário:
“Por volta do ano 319, Ário começou a propagar que só existia um Deus verdadeiro, o "Pai Eterno", princípio de todos os seres. O Cristo-Logos havia sido criado por Ele antes do tempo como um instrumento para a criação, pois a divindade transcendente não poderia entrar em contato com a matéria. Cristo, inferior e limitado, não possuía o mesmo poder divino, situando-se entre o Pai e os homens”
Esta doutrina
perniciosa da negação da divindade de Cristo ainda perdura em nossos dias. Além
dos judeus messiânicos, há também igrejas que se autodenominam evangélicas que
abraçam essa heresia.
Tempos difíceis os
nossos. Precisamos voltar para o estudo sistemático das escrituras e da
tradição da igreja. Não há como desvincular a igreja de sua história. Estejamos
atentos e repudiemos os ventos de doutrina.
Um comentário:
ser como uma criança, a imaturidade do conhecimento bíblico ocasiona esses desatinos de alguns, mas, o pior é pensar que alguns irmãos são levados ao erro por líderes místicos que não passam de animadores de plateias, estão longe do conceito ministerial inerente aquele que verdadeiramente fora levantado e vocacionado por Deus, este, diferente dos que auto proclama ungidos, se prepara em Deus no seu relacionamento continuo de vida abnegada e dedicada ao estudo da palavra de Deus, para que não sejamos mais como meninos levados por qualquer vento de doutrina se faz necessário avaliarmos os postulados de nossos fundamentos, e colocarmos em prática somente a sã doutrina. Pr. Vinicius Sampaio
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